Filmes do Kino-Olho selecionados em Festival Nacional




Os filmes rioclarenses "Amor de Picadeiro" e "Ida do Diabo" foram oficialmente selecionados para exibição no Festival Nacional de Curtas‐Metragens do Vale do São Francisco – Petrolina/PE e Juazeiro/BA – 2014. O festival está em sua sétima edição e tem como objetivo estimular o desenvolvimento e a produção audiovisual do Vale do São Francisco, promovendo o intercâmbio com a produção nacional através de mostras competitivas e paralelas, além de fomentar o debate e a pesquisa sobre cinema com a participação de cineastas e pesquisadores do audiovisual.

O grupo Kino-Olho tem a cada ano conquistado maior notoriedade no cenário Cinematográfico tanto em nível nacional como internacional. O resultado surge em seleções e premiações, além de convites  para Congressos e Encontros Estaduais e Nacionais, sendo um dos raros coletivos profissionais do interior nesta área. Uma de suas marcas é o projeto "Difusão Cinematográfica" que contempla a formação audiovisual em nível introdutório ao profissional a partir do apoio da Prefeitura e Secretaria da Cultura de Rio Claro SP. Os integrantes do grupo permanente se reunem semanalmente no Centro Cultural Roberto Palmari toda quinta-feira às 18:30 para preparação e produção de curtas-metragens  aberto ao público gratuitamente.

O VALE CURTAS será realizado de 10/01 a 18/01/2014, em Petrolina/PE e Juazeiro/BA em caráter competitivo. Nos dias 22 e 23/11/2013 nos Bairros João de Deus e Ilha do Massangano em Petrolina e 29/11/2013 no centro de Juazeiro/BA como mostras. Nos dias 08/03/2014 em Parnamirim/PE e dia 15/03/2014 em Santa Maria da Boa Vista/PE como mostras intinerantes. O Festival conta com apoio do Fundo de Cultura, do Governo do Estado da Bahia e incentivado pela FUNCULTURA, FUNDARPE e Secretaria da Cultura do Estado de Pernanbuco. O evento é organizado pela Associação Cultural Artística e Social Raízes, através da coordenação para o audiovisual e com a Produção Executiva a cargo da Alegria Alegria Produções.

Os respectivos filme do Kino-olho também podem ser acessados pelos seguintes links:
"Amor de Picadeiro" https://vimeo.com/51651998
"Ida do Diabo" https://vimeo.com/62348926

Oficina de Cinema na E.E. Prof. Januário Sylvio Pezzotti


Nos dias 17, 24 e 31 de outubro e  21 de novembro foram realizados os encontros da Oficina introdutória de Cinema, desta vez para os alunos do 8° ano 3, da E.E. Prof. Januário Sylvio Pezzotti, localizada no bairro Jardim Panorama, Rio Claro – SP.

A oficina faz parte das atividades de difusão cinematográfica do grupo Kino-Olho sob coordenação geral do cineasta João Paulo Miranda Maria. Nos dias da oficina, o orientador Léo Bortolin (que já foi professor da disciplina de Artes na escola, inclusive para esta turma) mapeou as etapas da produção cinematográfica, discutindo a respeito de cada uma delas e as devidas funções dos profissionais envolvidos. Diferente das outras oficinas, houve um interesse pelos formatos de seriados da TV americana e o formato da telenovela brasileira, especificamente da TV Globo. 

A partir da discussão sobre as características encontradas em cada formato, foi levantado questões sobre a politica do audiovisual no Brasil, fatores econômicos e políticos os quais o país passou desde a chegada do cinema até o momento atual, dando ênfase ao período da ditadura militar e ao cinema de retomada (década de 90). Ficou inevitável não fazer um parâmetro com as produções norte-americanas e europeias dessas mesmas épocas, relacionando ainda o papel da TV Globo pelo seu não compromisso com a população brasileira. 

Fato curioso foi o interesse pelos professores Tatiana Bortolotti e Welington G. De Aguiar em saber o porque do cinema brasileiro não ser tão difundido e valorizado no seu próprio país, comentando da recente visualização de obras brasileiras em canais de TV paga.

Para o tema do vídeo foi escolhido trabalhar assuntos que os professores já vinham tratando com os alunos, sendo eles o preconceito e o bullying (parte do assunto do dia da Consciência Negra). Assim, criaram-se mini-episódios sobre situações baseadas no dia-a-dia de muitas pessoas, relatos pessoais ou momentos presenciados. Alguns alunos se propuseram a interpretar tais situações, fazendo com que os próprios professores entrassem no “elenco”.

Como de costume, a concepção da filmagem foi voltada para o improviso e takes em ‘continuum’, como um teatro filmado sem a presença do palco. O motivo dessa escolha foi pelo fato do próprio roteiro ter apenas indicações de ações e temas para os diálogos, a partir disso abriu-se para a criação coletiva e “do agora”.

As oficinas introdutórias de Cinema são oferecidas gratuitamente pelo Kino-Olho a partir do apoio da Prefeitura e da Secretaria da Cultura de Rio Claro SP. O link do vídeo realizado pode ser acessado aqui: https://vimeo.com/79939904. Abaixo fotos dos bastidores desta oficina.
















Fazendo um filme "noir"



Quando o grupo Kino-Olho recebeu o roteiro "A mala", escrito pela participante Claudia Seneme do Canto, surgiu a oportunidade de refazermos um estilo bastante conhecido na história do cinema como "noir". Este estilo remete às histórias de suspense dos anos 40, principalmente aquelas com detetives e tramas surpreendentes.

Basicamente este estilo é notado pela iluminação "expressionista" com alto contraste e sombras; além de contar com personagens femininas fortes e "fatais". Na trama temos uma mulher misteriosa e charmosa, que aparenta ocultar algo importante e comprometedor. No roteiro de Claudia, a personagem feminina estaria aguardando um táxi, voltando-se ao interior do Centro Cultural ( locação de todos filmes ensaios do grupo) e ali percebe a presença de uma mala.

Esta mala não tem um dono e estranhamente há uma ligação com a personagem. Logo ela se aproxima para desvendá-la, mas um carro chega mudando o final. A Claudia é a mais experiente do grupo, estando há vários anos em nossos encontros; formou-se em jornalismo e é especializada em roteiro. Nota-se em sua escrita o interesse de criar uma atmosfera simples, porém cativante.

Para os papéis resolvemos inovar, convidando Fernanda Tosini, também roteirista do Grupo Kino-Olho, a acatar o desafio de encarnar esta mulher do cinema "noir". Ela já havia participado em alguns filmes do grupo, mas é a primeira vez que fez uma papel principal. Mesmo não havendo falas houve o desafio de interpretar uma personagem forte e com presença de cena.

Outro destaque é a contribuição de Thiago Ribeiro Pereira, professor e fotógrafo, participou junto a João Paulo Miranda Maria na construção do mapa de luz e da decupagem de cada plano. No som esteve presente Léo Bortolin e Rogério Borges. Na arte tivemos novamente a criatividade de Ana Paula Rodrigues Duckur, que elaborou os figurinos e conceitos dos objetos utilizados em cena. No final do curta também temos a participação de Larissa Carnecine interpretando um mendigo de forma orginal e irreconhecível.

O Grupo Kino-Olho se reune semanalmente no Centro Cultural Roberto Palmari em Rio Claro SP, toda quinta-feira às 18:30. A incrição é gratuita com apoio da Prefeitura e Secretaria da Cultura de Rio Claro. Abaixo fotografias tiradas deste último filme ensaio realizado na noite de 21 de novembro de 2013.










Documentário na Escola Armando Grisi


Entre os dias 01, 08 e 22 de outubro foram realizados os encontros da Oficina introdutória de Cinema, desta vez para os alunos do EJA II (5°e 6° séries) da E.M. Prof. Armando Grisi.

A oficina faz parte das atividades de difusão cinematográfica do grupo Kino-Olho sob coordenação geral do cineasta João Paulo Miranda Maria. Nos dias da oficina, o orientador Léo Bortolin mapeou as etapas da produção cinematográfica, discutindo a respeito de cada uma delas, as devidas funções dos profissionais envolvidos e um rápido panorama do atual cinema brasileiro. 

A maioria dos alunos eram adultos entre 30 e 50 anos, que depois de alguma dificuldade na juventude ou mesmo decisões maiores, resolveram abandonar os estudos. Hoje frequentam a Escola para Jovens e Adultos (EJA), na parte da noite, depois de um dia de trabalho. O tema cinema, arte, cultura não eram tão difundidos entre a classe, o que propiciou a oportunidade de trocas interessantes entre esses conceitos e como cada um se relaciona com isso, tanto no dia a dia quanto na apreciação de alguma obra. 

O prof. de português Jesiel Zerbo auxiliou a oficina, pois já vinha trabalhando com os alunos o tema da violência na escola. Assim, o objetivo era montar um roteiro dentro da temática “violência na escola”, com o desafio de se trabalhar alunos extremamente tímidos e sem muita disposição para a encenação de uma ficção. Tendo essa situação em vista, o orientador Léo Bortolin apresentou a ideia de se realizar um documentário, pois durante as conversas percebeu-se que muitos daqueles alunos tinham histórias interessantes para contar.

O resultado foi uma roda de conversa, com relatos sobre o que cada um entende por violência na escola, o que cada um já vivenciou, quais os motivos dessa violência e o mais interessante, como a própria escola com seu sistema é causadora de violência, que marcou a vida de alguns desses alunos.
O vídeo documentário pode ser visto nesse link: https://vimeo.com/79682325

O projeto Difusão Cinematográfica do Grupo Kino-Olho é apoioado e oferecido gratuitamente a partir da Prefeitura e Secretaria da Cultura de Rio Claro SP.

Abaixo fotos dos bastidores desta Oficina:













Um ensaio



Em muitos trabalhos só se pensa num resultado final, numa obra finalizada e totalmente acabada, sem mais dúvidas. Porém nas atividades que o Grupo Kino-Olho se propõe a fazer de toda quinta-feira, busca o contrário: a realização de filmes-ensaios.

Uma estréia da semana foi a participação de Sônia Elisabete Miranda Maria, mãe de João Paulo (coordenador do Kino-Olho). Sônia já estreiou como atriz da Cia Tempero D'alma na adaptação da peça "Tropilha", escrita pelo rioclarense Alexandre Silva e dirigida por Cláudio Lopes.

No filme criou-se uma cena comum aos encontros do grupo: os bastidores de uma filmagem cinematográfica. Nesta cena, Sônia era a atriz, Larissa Carnecine a diretora e Jonata de Jesus o cinegrafista. Na ação a atriz interpretava um trecho da peça "Tropilha" e num segundo momento um poema de autoria da própria Sônia, escrito em 1981.

Durante sua interpretação temos a ação permanente do cinegrafista que circula em torno dela como uma provocação a seu discurso, procurando por imagens mais próximas e íntimas à personagem. Diferente de um bastidor comum e arquétipo já conhecido popularmente, o caminho deste é mais distante.

Primeiramente se atenta a uma concepção de figurino e arte próprio, criado neste por Ana Paula Rodrigues Duckur. Seu estilo é muito próximo de outros trabalhos do grupo e até se assemelha às antigas produções do chamado "cinema caipira". O improviso e reciclagem dos materiais a disposição fascinam e marcam presença na maioria dos trabalhos.

A dinamica deste bastidor de cinema pode parecer "falso" ou "ingênuo" para um olhar simplista e comum, porém ironiza e cria uma forma mais complexa em cada plano da cena, se revelando verdadeiros quadros no quisito de marcação de cena, iluminação e arte.

Cada novo filme ensaio da semana significa uma nova relfexão e pensamento sobre o nosso fazer cinema, que é comentado na próxima semana e nas conversas virtuais de nosso grupo na rede social. Estes encontros semanais são apenas uma parte do projeto do Kino-olho, que é oferecido gratuitamente a partir do apoio da Prefeitura e Secretaria da Cultura de Rio Claro SP.

Abaixo os links para o filme e fotos still dele:
http://youtu.be/oE3DSOgWVfY
https://vimeo.com/79547961






HOMO SAPIENS



Neste último encontro semanal, o Grupo Kino-Olho realizou uma produção futurista em tom crítico a respeito do consumismo e a poluição ambiental. A idéia partiu de Rogério Borges, um dos atuais membros do grupo permanente, do qual se destaca por vários roteiros com relfexões sobre cidadania e política.

Para o filme ensaio contamos com outra participação especial, a de Fernanda Tosini, também roteirista de muitas produções nossas e que neste filme ensaio propôs idéias a respeito de figurino e cenário para esta adaptação. Outra contribuição importante que contamos nos filmes ensaios é de Léo Bortolin, que além de ser o responsável por nossas oficinas introdutórias neste semestre, é também o responsável na elaboração do desenho de som de nossos curtas-metragens.

Para ambientar a história o grupo decidiu utilizar um dos banheiros do Centro Cultural Roberto Palmari,  como a locação principal, procurando criar um ambiente atemporal e de um futuro em tom pesimista e apocalíptico. Borges trouxe para contribuir na ambientação uma máquina de fumaça, que foi utilizada constantemente como uma espécie de respiração da sala, onde o ar tóxico impregnava.

Para o elenco, contamos com Larissa Carnecine, jovem atriz muito atuante e presente em todas atividades do Grupo e sempre interessada no aprofundamente teórico e prático da interpretação cinematográfica. Desta vez ela interpreta uma personagem deste futuro, vestindo apenas roupas escuras.

Além deste figurino, a personagem utiliza uma espécie de capacete futuristico, idéia de Fernanda Tosini, que ao observar os lixos do Centro Cultural, resolver emprestar um e transformar num capacete. Este hábito, bastante comum no grupo é uma de suas marcas e conhecido entre nós como "cinema caipira", onde adaptamos o que está ao nosso redor.

Uma das novidades utilizadas neste filme é a estréia de Bruno Barrenha, atuando em um de nossos trabalhos. Bruno sempre foi assunto dentro do grupo pelo seu talento atrás das câmeras.

Para ver o filme basta acessar este link https://vimeo.com/78957528

As produções do Grupo Kino-Olho contam com apoio da Prefeitura e Secretaria da Cultura de Rio Claro e parceria com a Cia. Tempero D'alma de Artes Cênicas.

Abaixo algumas fotos retiradas do próprio filme






Revista Cinema Caipira de novembro.


A revista Cinema Caipira ISSN 1984-896x, número 57, já está disponível para encomenda e download gratuito em diversos formatos. Neste mês contamos com os seguintes artigos;


“Pegar ou largar
de JP Miranda Maria

Relações entre o poema Caso do Vestido (1954) e o filme O Vestido (2004)
de Linda Catarina Gualda

Vou-me embora pra Paulista
de Cláudia Seneme do Canto

Sound Studies no Cinema"
de Bernardo Marquez Alves


OBS: INLCLUI "CARTÃO - POSTER" NA VERSÃO POR ENCOMENDA

de
revista folheável para leitura online
arquivo PDF para leitura em computador e dispositivos móveis


Os participantes desta edição tem direito a uma revista, bastando enviar por e-mail seus endereços.

Participe da revista enviando seus artigos. As informações estão em chamada de artigos.

Para encomendar a revista exclusiva confeccionada pelo artista José Roberto Sechi no valor de R$5,00 cada ou assinar a anuidade por R$50,00, envie e-mail para jpmiranda82@yahoo.com

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