Revista Cinema Caipira de Junho

A revista Cinema Caipira do mês de junho já está disponível para download. Os artigos desta edicao são:

“Projeto Cérbero – vídeo arte naïf ano zero – 2009” de Fernando Codeço
“Glauber Rocha entrevista o NOVOCINEMANOVO” de Tau Tourinho, Lucas Virgolino & Gabriel Lopes Pontes
“Jeferson De e o Dogma Feijoada” de Massanori Takaki
“O SURGIMENTO DO CINEMA: ASCENSÃO, DECLÍNIO E MUDANÇAS” de Linda Catarina Gualda
“O aparelho celular e o cinema” de Massanori Takaki
“O Poder do Mito 3” de Wall Morari
“Novidades em tempos de comodismo” de JP Miranda Maria

Segue abaixo o link da revista:

http://www.4shared.com/document/L58hReFg/revistakino_junho_2010corrigid.html

caso não consiga acessar copie e cole o endereço.
Para montar a revista clique aqui para obter as instruções

se quiser ver a versão on line dessa e de outras revistas do cinema caipira  basta clicar no link:

http://www.readoz.com/publication;jsessionid=BC65476D0723E0161421D1439738F85C?i=1026718#1_1026718


"O teste"

"Kino- Olho n.70 ou O Teste"


O filme ensaio intitulado Kino-Olho n.70, foi realizado à partir da idéia do roteiro "O Teste" de Cláudio Lopes, novato como roteirista, mas que já trabalhou como ator e diretor de arte em vários filmes de João Paulo Miranda, cineasta responsável pelo Kino-Olho, que é um grupo de estudos e práticas cinematográficas, que desde 2006 oferece atividades contínuas e permanente na cidade de Rio Claro.

Ator há 18anos, Cláudio, participou de alguns espetáculos que tratavam diretamente do contexto marginal de uma sociedade, através de textos de autores teatrais como Nelson Rodrigues e Plínio Marcos.

Ter um repertório que sintetiza e nos mostra de forma nua e crua a realidade de uma sociedade mascarada pelo falso conformismo, podemos expor o que mais aflige o ser humano que busca a sobrevivência. Para nós que trabalhamos com a arte, o ideal é não apenas sobreviver e sim viver, finaliza Cláudio.

O roteiro surgiu com proposta de mostrar através da miséria humana, como podemos tocar ou propriamente misturar sem medos: o sagrado e o profano de uma forma simples e corriqueira, apenas no ato de necessidade extrema.

É nesta condição, que percebemos o quão frágil somos, que até nos permitimos a desobediência perante Deus ( No caso da personagem central, que é uma evangêlica).

Uma mulher de luto, com 2 filhos pequenos, temente a Deus, não conseguindo trabalho para sustentar o que o marido sustentara há anos, como o próprio alimento da casa, busca na sua fragilidade psicológica, moral, financeira e por último física, a falsa liberdade através corpo/objeto.

Surge uma oportunidade!

Um teste para um filme pornográfico.



Ficha Técnica

"Kino-Olho n.70 ou O Teste"

Roteiro e direção de atores: Cláudio Lopes

Direção geral: João Paulo Miranda

Com:


Alyne Arins

 Jefferson Primo

João de Lima Netto

Luana Menezes

Wall Morari



Realização: Prefeitura e Secretaria da Cultura de Rio Claro
Apoio: Cia. Quanta de Teatro e TV Cidade Livre

Kino-Olho n.70

Filme ensaio a partir do roteiro de Claudio Lopes com a interpretacao de Wall Morari, Joao de Lima Neto, Luana Menezes, Jefferson Primo e Alyne Arins. Estoria da crente Givanilda que desesperada financeiramente se submete ao teste de um filme pornografico. Realizacao Prefeitura e Secretaria da Cultura de Rio Claro. Parceria TV Cidade Livre e Cia Quanta de Teatro.

kino olho 69

Filme-ensaio a partir do roteiro de Massanori Takaki e Claudia S do Canto, contanto com atuacao de Fernanda Tosini e JP Miranda Maria.

Kino Olho 68 - Documentário Gaviões da Fiel

Produto do núcleo introdutório do projeto "Difusão Cinematográfico" do grupo Kino-Olho.

Documentário da Torcida Organizada Gaviões da Fiel Rio Claro SP, mostrando sua história, atividades e objetivos. Realizacao Prefeitura e Secretaria da Cultura de Rio Claro. Parceria TV Cidade Livre e Cia Quanta de teatro

Filmes Paralelos

Filme Produzido por Letícia Tonon

 



Rodoviária” é uma singela homenagem ao cinema mudo. O vídeo foi realizado - com uma câmera de celular - em 4 horas de espera no Terminal Rodoviário de Campinas. É o tédio criativo!

O Matuto


Por Wall Morari



O matuto foi criado baseado na historia de vida da minha família, o meu pai era um autentico matuto, era da roça mesmo gostava do trabalho braçal. Foi um homem que nunca se adaptou com cidade na verdade, ele se achava um matuto ele mesmo dizia: sou um matuto do mato não sei ler nem escrever nunca pisei numa escola sou mesmo um atolado, quando ia pra cidade se sentia envergonhado, simplório sem conhecimento.
Por isso eu fiz esse roteiro, ele indo pra cidade fazer as compras (linha, agulha, botões, tecidos para as roupas, enfim coisas que não dava na roça) e essas histórias e comentários sobre a ditadura, revolução, greve dos estudantes, espionagem, gente que sumia, gente que aparecia morta ele ouvia mesmo e chegava em casa contava tudo, e nos éramos crianças a gente tinha muito medo e chegava a se esconder debaixo da cama quando ouvia barulho de avião.E nunca esquecia de trazer docinhos com brinquedinhos pros filhos. A gente morava no meio do mato não sabia nem o que era cidade, energia elétrica, nem radio e era feliz a mãe e o pai era tudo pra nós. A minha mãe teve 12 gestações, por isso coloquei a mulher do matuto grávida, ela era assim mesmo um filho por ano.
Depois de muitos anos, um tio muito querido irmão do meu pai ficou muito doente e ele morava perto da divisa de SP com Mato Grosso no mesmo lugar onde meu pai ia fazer as compras em Panorama, na época ele atravessa o “Rio Paranázão” (como era chamado) a balsa. Então me deparei com uma grande surpresa, esse lugar não existe mais está embaixo d’agua, sobe uma profundidade de 15 a 20 metros, construíram uma usina hidroelétrica por lá e a barragem inundou um parte da nossa historia, da minha primeira infância. Essa ocorrência me deixou profundamente triste, fiquei com esse sentimento quando voltei pra casa resolvi escrever essa historia, que vivemos, e essa sensação que tudo aquilo não existia mais, ou seja só existia na minhas lembranças. Agora não, com a transformação dessa história em roteiro e agora num curta, passou a existir de novo para o mundo, é só.
Quando acabei de assistir o curta fiquei muito emocionada com o resultado, as interpretações dos atores simples suaves e até os problemas técnicos contribuíram favorecendo na interpretação do meu roteiro, deram vida a minha historia, e estou satisfeita e orgulhosa de ter criado esse trabalho cinematográfico, e espero contribuir muito mais e melhor nos próximos pois, esse é só o primeiro. Quero agradecer a minha família por ela existir e prestar uma singela homenagem a meu papai (in memória).
Quero agradecer o diretor J.P Miranda, produtores e principalmente o elenco de atores: CLAUDIO LOPES, JOÃO DE LIMA NETO, ALINE ARINS, PEDRO MANUEL PRIMO, ALAM, TAMIRES E ANDREZA.

Kino-Olho 67

Filme-ensaio a partir do roteiro "Matuto" de Wall Morari, inspirado na sua própria infância na época da ditadura. Interpretação de João de Lima Neto, Cláudio Lopes e Alyne Arins. Produção Prefeitura e Secretaria da Cultura de Rio Claro.