"Poncho" de Bruno Barrenha

Bruno é um dos participantes do grupo Kino-Olho e produziu junto a seus amigos uma série de 5 curtas (links e fotos abaixo). Veja o seu comentário e introdução aos filmes:


De início, não tinha nada em mente para realizar uma série como a que eu e meus amigos fizemos.
Tudo começou em uma sexta-feira a noite, depois de ter gravado o que mais tarde seria o primeiro capítulo. Como sexta-feira é quando gravo meus vídeos, não tinha nada de concreto para o vídeo daquele dia; estava em uma crise de ideias, mas já vinha pensando em criar um personagem sem nome (bem como nos faroestes do Sergio Leone), no qual este seria um super-herói (ou até mesmo anti-herói) um tanto quanto psicótico, que lutaria contra os males da sociedade contemporânea (corruptos, marginais, etc...). Algo um pouco clichê, mas para mim foi uma ideia e tanto. Estava louco para vestir o poncho e o chapéu que havia comprado e então montei o personagem por completo, muito inspirado no homem-sem-nome, da primeira trilogia de Sergio Leone, e que era interpretado por Clint Eastwood. Fiz, então, o primeiro capítulo como quem não quer nada. Fui recebendo elogios e muitos gostaram. Passei a desenvolver uma história para o super-herói, até que acabei criando o vilão de toda história: Poncho Villa (uma sátira a Pancho Villa) e este apenas surgiu por causa de um amigo, que também possui um poncho, um sombrero e um bigode falso. Tudo se encaixava perfeitamente para formar o vilão da história. Fui passando as aventuras para alguns colegas com quem já realizavam vídeos comigo. Gostaram das ideias, e então passei os papéis para que participassem. De início, poucas pessoas queriam participar e até tivemos de repetir alguns "atores" em determinados capítulos, mas depois de outros vídeos, meus amigos até imploravam para aparecer.
Em toda minissérie, não escrevi uma única palavra de roteiro, apenas escrevia para eles o que teriam de fazer e o resto era na base do improviso. Fizemos de tudo para que saísse perfeito, mas é algo meio difícil devido a dois fatores: tempo e espaço. Primeiro que, em relação ao tempo, é algo muito curto e por isso tentamos filmar o mais rápido possível. Segundo, e ainda mais importante, é que o espaço era muito limitado: fizemos tudo em minha casa (consideravelmente pequena), mas com todos os cômodos perfeitos para as locações de cada capítulo. Apenas os dois últimos capítulos foram feitos fora de minha casa e ainda assim em um espaço limitado: utilizei o terreno de meu tio. Lá se guardam carros e até caminhões, o que também dificultou. Para esses capítulos, eu iria filmar em um sítio, mas como fica muito longe da cidade, resolvi filmar no terreno mesmo. E por incrível que pareça, deu certo.
Então, é isso. Realizamos tudo da forma mais caseira possível, sem nenhum equipamento profissional, nem nada do tipo. Apenas utilizamos um grande leque de referências, as quais tomamos como inspiração e um dia sonhamos em chegar onde nossos ídolos chegaram. Ou seja, o fim dessa série foi uma grande conquista para quem participou, pois apenas nós sabemos o sofrimento de cada gravação. E, após tudo isso, estarmos recebendo elogios de diversas pessoas é algo muito gratificante, pois sentimos que nosso dever foi alcançado da maneira mais simples possível.

Abaixo segue o link dos vídeos:
http://www.youtube.com/watch?v=GObk7nBpSXM - A morte não pode ser comprada (Capítulo I)
http://www.youtube.com/watch?v=I-dvxokuWuA - Um encontro com Poncho (Capítulo II)
http://www.youtube.com/watch?v=9YVKy_VIymQ - A armadilha mortal (Capítulo III)
http://www.youtube.com/watch?v=b6NDdS4nMpw - No lugar certo... na hora certa (Capítulo IV)
http://www.youtube.com/watch?v=H86MyKpTswc - O Duelo (Capítulo V)


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