Terminou neste domingo o Festival Internacional de Cinema Independente (FIIK) realizado na cidade de Rio Claro pelo grupo de pesquisa e prática cinematográfica Kino-olho. Nesta última edição o evento contou com duas grandes novidades, a primeira foi a inauguração da categoria filmes de película, até o ano passado o Festival exibia apenas filmes em formato digital. A boa nova foi Possível graças ao colecionador Heliano, que forneceu um projetor de 35mm.
A mostra, que em suas edições anteriores apenas exibiu os filmes selecionados, a partir deste ano elegeu e premiou cinco vencedores nas seguintes categorias: ficção, documentário, experimental, película e realizador kino-olho.
O prêmio, um troféu esculpido pelo artista rio-clarense Lacerda, compõe a forma de um caipira, com postura arcada, apóia-se em uma câmera que está amparada numa enxada, como se fosse um tripé. A obra é símbolo do chamado “Cinema Caipira”, marca estética das produções do Kino-olho.
Os filmes e respectivos autores que receberam o troféu são: Nootrópicos – Bruno Decc; Ivan – Fernando Rick; O bom, o mau e o sujo – Bruno Barrenha; A Escola de Bambu – Vinicius Zanotti; e The Cat – George Ungar. Este último, diretor canadense, foi um dos estrangeiros exibidos na mostra. Também contamos com um filme da Polônia (Smolarze), outro sobre a Libéria (A escola de Bambu), e a Mostra especial do cineasta argentino Raúl Perrone, que está em ascensão no chamado “Cinema Moderno”, movimento iniciado a partir dos anos noventa.
Segundo uma das organizadoras do evento, Fernanda Tosini, as novidades trazidas pelo Festival serviram para surpreender e criar uma maior expectativa no público e, segundo Fernanda, "o resultado foi muito positivo, já que neste ano tivemos um aumento de platéia e um retorno muito satisfatório quanto a impressão que o público teve sobre o evento em geral e principalmente o entusiasmo deles em relação à mostra em película e à premiação”.
Na noite da mostra em 35mm, o público teve contato com o projetor e pôde acompanhar de perto a troca de películas, além de receberem informações do proprietário Heliano que teve a cortesia de explicar como é o funcionamento do projetor. Rafael, que veio prestigiar os filmes em 35mm, lembrou do clássico “Cinema Paradiso”, onde o personagem que é um menino, convive com um projecionista, surgindo a partir deste contato seu amor pelo cinema.
Devido ao sucesso desta terceira Edição e ao destaque que o Kino-olho vêm conquistando ao longo destes seis anos de atuação, o grupo recebeu nesta última semana um convite vindo de Moçambique, através do KUGOMA, fórum de curtas moçambicano. Segundo Diana, produtora e que contatou o grupo, a parceria se daria pela exibição dos curtas rio-clarenses e pela presença de alguns representantes do Kino-olho. A organização do evento arcaria com os gastos de estadia, porém a passagem ficaria a cargo do Kino-olho, portanto até julho de 2012, data em que ocorrerá o evento em Moçambique, os integrantes do kino-olho se mobilizarão para conseguir patrocínios para custear a passagem.
O idealizador do FIIK, João Paulo Miranda Maria, conta que já está planejando mais novidades para a 4a. edição e que está confiante na ascensão do Festival. Fernanda Tosini completa, “nunca houve em Rio Claro um Festival de Cinema, mas recebemos um bom retorno do público, e assim como nós, creio que eles também estão ansiosos para a Mostra do ano que vem. O FIIK está se tornando tradição na cidade”.
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