Um desses diretores se chama Bruno Barrenha que já produziu alguns filmes como O Bom o Mau e o Sujo e O Poeta da Violência (ambos disponíveis no canal do youtube).
O filme que vai ser apresentado é dirigido pelo Bruno e se chama Abraços na Escuridão produzido em conjunto com o grupo Kino Olho e Cia Tempero D'alma Artes cênicas. Segue abaixo os comentários de Bruno Barrenha e o filme.
Acredito que todo mundo, sem exceção, pelo menos em um dia de sua vida, já tenha sonhado em ser um(a) cineasta ou, pelo menos, tenha se passado por um - não importa se atuando, escrevendo, dirigindo, produzindo, ou o que seja. Apesar do contato com tal universo (mágico, diga-se de passagem) ser bastante escasso - e quando digo esta palavra, não é por falta de oportunidades, e sim, de interesse ou divulgação - por aqui, na região de Rio Claro, há pessoas que fazem deste sonho uma realidade, descartando a realização de um cinema blockbuster e visando uma arte, um "cinema caipira". Foi através deste modo, inclusive, que descobri que não havia só um único modo de "fazer filmes", mas muitas possibilidades. Pois bem, fui apresentado ao Grupo Kino-Olho em 2010, no auge dos meus 13 anos, por intermédio de minha irmã, a qual é "entendedora" de cinema (para não dizer crítica). Com a ajuda, o conhecimento e a experiência dos ensinamentos semanais (não só pelo João Paulo, mas também pelos atores e pelos alunos), a mente só consegue se expandir; tanto que comecei fazendo meus próprios filmes, com amigos de escola que
embarcavam na ideia cinematográfica. Alguns deixaram, outros permanecem, firmes e fortes, não só comigo, mas também com o Kino. Para a produção do curta-metragem Abraços na Escuridão, escrevi minha primeira adaptação de um livro, ou melhor dizendo, de um quadrinho - outra das minhas paixões artísticas. Curiosamente, o caderno que envolve três histórias do escritor inglês Neil Gaiman (intitulado Dias de Meia-Noite) também foi um regalo de minha irmã, que deixei empoeirar no fundo do guarda-roupa por um considerável período temporal. Quando comecei a ler, no início deste ano, indignei-me sobre o fato de não tê-lo feito antes e, na segunda das estórias presentes naquele livro, vi um roteiro para cinema. Resolvi que iria adaptá-lo: tarefa dificílima. Para não sofrer com problemas de direitos autorais, as mudanças que tive de fazer em relação à história original foram gigantescas, mas em um dia já estava com o script afiado... Não via a hora para gravar aquilo! E aconteceu em maio, em três dias distintos - um para cada cena. Durante as gravações, a cooperação da equipe foi o que fez o projeto rolar; cada pessoa que se encarregou de alguma coisa foi de extrema importância e, mesmo com espaços limitados ou obstáculos, pudemos realizar o bom e velho cinema caipira, que, sem dúvida alguma, fazemos da melhor maneira possível. Por fim, só tenho de agradecer ao Kino-Olho, aos envolvidos, e à Cia. de Teatro Tempero D'Alma. Um sonho foi transformado em realidade, e muitos outros ainda serão!
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