Ida do Diabo

(poster do filme)

O Grupo realizou no mês de março o curta-metragem "Ida do Diabo", inspirado na Obra "O Mestre e Margarida" do escritor russo Mikhail Bulgakov. A obra narra a vinda de um estranho sujeito numa noite boêmia de Moscou, quando encontra dois artistas discutindo sobre a existência de Jesus Cristo. Logo este personagem traz provas e testemunhos, espantando os artistas.

Da mesma forma o roteiro, de João Paulo Miranda, também abordou a chegada de um estranho numa conversa entre dois artistas. Estes interpretados por João de Lima Neto ( Cia. Tempero D'Alma) e Laura Rodrigues Alves ( Cia. Moscas Volantes e Arenques Voadores) eram, respectivamente, um escritor/editor e uma fotógrafa. A discussão dos personagens estava em torno de um ensaio fotográfico da artista, abordando a presença divina de Cristo naqueles dias.

Entre as provocações dos personagens surge o "sujeito estranho", interpretado pelo artista multimídia José Roberto Sechi. Ele foi de fundamental importancia ao projeto, trazendo suas experiências em arte performática e conceitual. Para João Paulo, este foi o primeiro trabalho, que contou com uma interpretação do artista, e a partir desta, já planeja uma obra maior onde Sechi será peça chave.

Para produzir este filme, o Grupo utilizou de seus membros mais experientes, como Bruno Barrenha e Léo Bortolin, além de outros, sendo conhecido como o grupo mais profissional do Kino-Olho. Dentro dos objetivos do projeto de formação que o Grupo realiza na cidade, está a criação de uma equipe profissional, responsável pelas produções mais detalhadas. "Ida do Diabo" foi uma destas produções que contou com esta equipe.



Na equipe tivemos a contribuição de, Léo Bortolin (captação e edição de audio), Bruno Barrenha ( assist. de som), Diego Martinez e Hermes Dias Brito (trilha Sonora), Thiago Ribeiro Pereira e Lucas Vieira ( assist. de fotografia) e Claudia Seneme do Canto (responsável pela inscrição de filme no festival). A produção teve apoio da Prefeitura e Secretaria da Cultura de Rio Claro, da Cia. Tempero D’alma e da Sechiisland.


O filme se coloca como mais uma das fortes realizações deste movimento cinematográfico no interior de São Paulo, conhecido como o Cinema Caipira. Para os integrantes do grupo Kino-Olho, a viabilidade de suas obras está no momento em que se procura no cotidiano caipira, as equivalências dramáticas contidas em obras escritas distantes dali, como o caso do escritor Bulgakov. Apenas se torna possível realizar tal produção, quando o grupo não imita um estilo ou vertente, trocando os elementos de outra cultura pelos mais próximos e conhecidos no interior. "A nossa Moscou é diferente" diz João Paulo "... e precisa ser adaptada para o rítimo e ambiente do interior de São Paulo, local em que os artistas participantes moram e fazem suas artes".

Além deste, outros dois filmes dirigidos por outros integrantes do grupo também foram realizados e estão em fase de pós-produção. Só em 2013 o grupo já realizou 4 produções profissionais, mais 3 oficinas em bairros e dezenas de  filmes ensaios nos encontros semanais do Centro Cultural. O Grupo conta com apoio da Prefeitura e Secretaria da Cultura de Rio Claro SP. 



Stills do filme 













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