Registro da Revista

O Grupo de estudo cinematográfico Kino-olho mantém vários meios de divulgação de informações sobre Cinema e mais especificamente, sobre os trabalhos realizados pelo cineasta e fundador do Grupo João Paulo Miranda, em parceria com os atores da Cia Quanta de Teatro e dos pesquisadores interessados no processo artístico.
Dentre estes meios, tais como este blog, postagens atualizadas pelo site do YouTube de material audiovisual de autoria do próprio cineasta, e-mail e o programa de televisão transmitido pelo canal TV Cidade Livre, encontra-se a produção independente da Revista "Cinema Caipira".
A revista, editada desde Março, é formada por artigos de colaboradores que se interessam por esta Arte, pessoas que tornam possível a realização desse trabalho e que têm inclusive estimulado o exercício de pensar e fazer Cinema na cidade de Rio Claro. As informações citadas até o momento são divulgadas semanalmente através destes meios aqui citados.
A novidade deste artigo refere-se a mais uma conquista do Grupo Kino-olho, desta vez em relação à Revista que a partir da edição de Junho - 2009 possui um número de registro aprovado (ISSN 1984-896X), portanto oficial. O ISSN é um código numérico que constitui um identificador unívoco para cada título de publicação em série. Esta vitória foi possível em especial devido à disposição da atriz Renata Pinhão, que buscou informações de como registrá-la.
O Grupo Kino-olho tem se dedicado para que seu trabalho seja cada vez mais consolidado e finalmente receba o merecido reconhecimento, para tanto destaco o esforço do cineasta JP. Miranda, autor de uma respeitável obra cinematográfica construída desde antes da criação do Grupo, mas amadurecida após sua formação.


Fernanda Tosini

Revista "Cinema Caipira" do mês de junho


A edição do mês de junho da revista "Cinema Caipira" (ISSN 1984-896X)editada pelo grupo de pesquisa e prática cinematográfica KINO-OLHO já está disponível para encomenda. O conteúdo desta edição que é organizado pelos participantes do grupo Kino-Olho é o seguinte:

“Análise do filme: O nome da Rosa” de Alyne Arins

“Por uma Postura Torta” de JP Miranda Maria

“Engajamento e Ética no Cinema” de Dan Praseres

“Hitchcock - O suspense humano subversivo” de Fernanda Tosini

“Jogo de Cena” de Lucylli Alves do Santos

“Liberdade, A Antitécnica do Cinema Cult” de Mário Augusto Pereira

Kino Olho n.23 - Projeto MARIA PRETA

Criação de Cenas

Todas as cenas do projeto maria preta dentro da oficina kino olho foram criadas pelos próprios atores, e eu sempre tive a curiosidade de saber qual é o processo de criação das cenas.
Para saber sobre esse processo eu comecei a participar do grupo Quanta, primeiramente para ver de fora a criação das cenas, e talvez participar de uma cena (o que no final acabou acontecendo). Só com a participação é que tive a idéia real de como a cena é feita.
Fiz a cena com a Branca (atriz que também participa do grupo Quanta), no inicio começamos a pensar nos personagens (não sei se fizemos certo), mas não chegamos a “lugar nenhum” tínhamos uma idéia até que bem consistente (na minha opinião) dos personagens, porém a cena não saía.
Decidimos então fazer o inverso criamos a cena e depois os personagens, depois de alguns encontros tinhamos a certeza de que a cena estivesse pronta, mas nos enganamos completamente.
A cena que criamos acabou durando muito pouco e como eles dizem lá a cena ficou “oca”.
Com a ajuda do Jeferson (diretor do grupo Quanta) começamos a criar (ou recriar) os personagens e a cena.
No final a cena mudou completamente, isso antes de começarmos a filmar.
No dia da filmagem verificou-se que havia muitos elementos em cena, que podia atrapalhar a própria cena apesar de usarmos todos os elementos, resultado: a cena mudou novamente, desta vez foi mais “tranquila” já que tinhamos em mente os personagens.
Durante as filmagens não fiquei tranquilo em nenhum momento, em varias situações eu estava no automático (fazia os movimentos sem pensar), no total filmamos umas 5 vezes e no final deu certo(pelo menos foi o que disseram rs).
Para ver o resultado dessa cena clique aqui.

Encontro do Grupo Kino-olho e a Cia Quanta de Teatro

No dia 07/05/2009 (quinta-feira), o grupo Kino-olho e a Cia Quanta de teatro se reuniram mais uma vez dando continuidade as oficinas “Maria Preta”. Contamos com a participação da artista Sandra Brás que contribuiu com sua dança e alma inspiradoras para o olhar da câmera e dos outros atores, pesquisadores e participantes em geral.
Com a câmera fixa num único plano, o cineasta João Paulo Miranda filmou a apresentação da artista explorando as melhores possibilidades de enquadramento e registrando continuamente, ou seja, sem cortes, cada movimento da dança. Não há como não se sensibilizar com a presença e apresentação de Sandra Brás e com o trabalho artístico e cinematográfico de João P. Miranda.
Mas esta não foi a única emoção da noite. Os atores João de Lima Neto e Alyne Arins ensaiaram uma cena dirigida pelo diretor de teatro Jefferson Primo, também para a oficina “Maria Preta”. A cena, intensa tanto pelo enredo como principalmente pela atuação, ilustrou um casal em momento de separação.
Os dois trabalhos podem ser conferidos no site do youtube ou através do próprio blog.
Paralela a toda essa realização artística acontecendo, a Ata do Grupo Kino-olho estava sendo redigida, dando os primeiros passos para oficializar o Grupo que já existe desde 2006. É sabido que o Grupo kino-olho, a partir de sua criação, sempre realizou trabalhos audiovisuais voltados à arte, mas a partir do momento em que é registrado, ganha força judicial para continuar fazendo o que já faz e, inclusive, abre caminhos para que novas possibilidades dentro dos trâmites legais sejam mais facilmente alcançadas.
Finalizamos o encontro com um brinde destinado aos artistas presentes, aos esforços de todos que, de alguma forma, vem ajudando o grupo Kino-olho e um brinde especial ao idealizador João P. Miranda pela audácia e dedicação de fazer existir o cinema em Rio Claro e o Cinema Caipira na história.

Hitchcock-Truffaut

Hitchcock-Truffaut

Acabo de ler o ultimo capítulo do livro-entrevista Hitchcock Truffaut, Ed. Companhia das Letras, 2004. Gostaria de compartilhar com o leitor deste blog minhas impressões sobre o livro que, no meu ponto de vista, julgo ser um dos melhores sobre sua carreira, talvez pelo modo com que a entrevista foi conduzida por Truffaut, que contribuiu tanto com seu conhecimento quanto com sua admiração pelo único cineasta capaz de dominar tão bem o suspense e a técnica.
A leitura se torna prazerosa não só pelo assunto e pelos diretores, mas também pelo “formato”, já que se assemelha a um diálogo natural entre “o mestre e seu apreciador”. Claro que em determinados momentos da entrevista, François Truffaut questiona as técnicas utilizadas por Hitchcock, então a conversa toma um rumo mais “profundo” que, para os realmente interessados, apenas aguça ainda mais a curiosidade.
Temos no livro uma crítica detalhada feita por quem tem propriedade para opinar e pelo próprio cineasta sobre seu trabalho, o que atribui à análise certa verossimilhança às respostas, pois não há pertinências que se refiram à interpretação de outro que desconhece a obra. Hitchcock é sincero a ponto de confessar decepção de alguns trabalhos e, de certa forma, negá-los dizendo “este não é um filme hitchcockiano”.
Além da sinceridade e da espontaneidade do diálogo, o que enriquece o livro é a descrição sobre o método do diretor e a abordagem de Truffaut ao detalhar ao máximo o percurso da carreira de Hitchcock com perguntas diretas e concisas.
Abaixo, um curta-metragem (A Girl and a Gun) dirigido pelo cineasta João Paulo Miranda, com a contribuição dos participantes do Grupo Kino-olho, o primeiro trabalho realizado neste ano durante os encontros semanais do Grupo. A intenção deste exercício não foi produzir um curta conscientemente semelhante ao trabalho de Hitchcock, mas após ler o livro e assistir ao nosso trabalho, percebi certa similaridade (por acaso)...
Para a próxima revista do mês de Junho, já em processo de preparação, estou escrevendo um artigo sobre Hitchcock analisando em sua obra um aspecto talvez pouco pesquisado, ou ainda, pouco notado: a relação entre a psicanálise e o suspense policial... mas não pretendo aqui falar do artigo, muito menos abrir o jogo sobre ele. Então leitores, no momento o recado é, sobretudo para quem gosta de Hitchcock ...vale a pena ler o livro!

A Girl and a Gun

Primeiro pacote do Cinema Caipira


O primeiro pacote de cinema caipira com os filmes de 2006 e 2007 lançado no ano passado conta com dois longas ( O Alienista e Quieta Non Movere), dez curtas (filmes-ensaios do grupo Kino-Olho) e um filme interativo (14-bis). O pacote pode ser adquirido por R$50,00. Os títulos também são vendidos individualmente com o valor de R$15,00 cada. A encomenda deve ser feita com João Paulo Miranda Maria; jpmiranda82@yahoo.com (19)96843064.