Impressões de uma espectadora

Muitos filmes épicos são lançados frequentemente no cinema, este gênero agrada boa parte do público pelas cenas emocionantes de batalha. Alguns destes filmes ilustram a história mundial, conflitos entre países, disputa pelo poder e posse de terras, guerras entre povos, etc. Mas dentre bons filmes épicos, existem aqueles que falham, ou na história, ou na direção, enfim, algo acaba comprometendo o sucesso do longa.
Qual é a receita para se fazer um bom filme épico? Será um orçamento milionário? Atores profissionais? Uma equipe gigantesca? Equipamentos de alta tecnologia? Quando assistimos um filme desse gênero, é esta a impressão que temos, e aquele orçamento abusivo passa a ter sentido. Vi nesta semana o clássico Lawrence da Arábia, uma super produção que deve ter custado... bem, não consigo nem imaginar! É claro que o cineasta David Lean tem seu talento inquestionável, mas a circunstância era, digamos, bem favorável.
Há alguns meses atrás o cineasta João Paulo Miranda havia me falado que tinha um projeto engavetado e que ele pensava em realizar ainda este ano. Tratava-se de um filme épico sobre os bandeirantes e monçoeiros do interior paulista. Era um roteiro de difícil realização, quero dizer, difícil, mas não impossível! Tinha todas as características de um épico: figurino de época, gladiadores, cenas na mata, no rio, espadas, armas, etc.
Aí vem a parte da história que eu vou contar e vocês não vão acreditar: Ele foi algumas vezes para Porto Feliz, se reuniu com um grupo de teatro local, conversou com a Prefeitura que disponibilizou os figurinos, chamou um amigo também diretor de cinema para fazer a fotografia, uma banda de música de Rio Claro para a trilha, gravou por quinze dias, e pronto! Fez o filme. Fácil assim? Não! Claro que não.
Imaginem vocês fazer um filme desse gênero, dessa grandiosidade, nessas condições! Isso significa trabalho redobrado, desgastante, esforço puro, amor pelo que faz e colaboração das (poucas) pessoas.
Vocês vão ficar ainda mais impressionados ao ver o filme. Nem adianta eu contar mais, vocês têm que ver!

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