Filme ensaio 2/5/13
Em mais uma reunião semanal, o grupo Kino-Olho continou seus debates e realizou mais um filme ensaio. O assunto desta quinta-feira foi o "tempo cinematográfico". Para muitos o cinema se basta apenas em contar uma boa história ou entreter o público durante minutos ou horas. Porém para os grandes artistas da sétima arte, há outros fatores que definem se um filme é bom ou não. A história acaba servindo de um guia para facilitar a apreensão e não como foco principal.
Há estéticas e propostas de como narrar. Este "como" é a parte mais importante para os grandes cineastas, que assinam suas realizações, trazendo ao público algo imensurável. Estes não desejam que seu público saia das salas apenas recordando das histórias ou dos personagens. O cineasta deseja que seu público tenha uma reflexão maior que ultrapassa o próprio tempo da história.
Ai chegamos na questão do tempo, ou do ritmo em que elementos entram e saem do quadro do plano de cinema. O modo de enquadrar, combinado a um tempo de contemplação é o que define uma obra de arte para o cinema. Cada diretor põe em prática sua visão através do modo que trabalha com o tempo. O grande diretor russo Andrei Tarkovsky em seu livro "Esculpir o tempo" compara a essência de filmar como um ato de esculpir o tempo.
Um dos fatos lembrados na noite foi a recente discussão entre o cineasta Kleber Mendonça e o diretor da Globo Filmes, desafiando este último a conseguir produzir pelo menos três filmes por ano, que tragam uma reflexão maior ao espectador. Completamos que seria uma reflexão que ultrapasse o simples prazer de assistir à uma história ou rir das performances de comediantes, ir além...
Para ilustrar estas discussões foram exibidos trechos e trailers de filmes como Som ao redor, Free Zone, Eros, Café Lumiere e Para sempre Mozart. Este último do cineasta francês Jean-Luc Godard, um dos principais nomes do cinema moderno, e que provocou grande parte das discussões da noite.
Pensando nestas e outras questões, os participantes da última reunião do Kino-Olho pensaram numa nova série de ensaios a respeito do tempo, usando apenas de uma fonte de luz comum e uso de aparelhos simples de captação de imagens, como por exemplo o celular.
O primeiro destes ensaios foi a interação feita pelo jovem ator Tarcísio Silva com uma luminária na parede. Neste ensaio, nenhuma história legível foi proposta, até para ser um desafio. Os interessados em participar destas relfexões e práticas, basta comparecer nas reuniões no Centro Cultural toda quinta-feira às 18 horas, gratuitamente. Veja o filme ensaio abaixo:
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nossa que bosta de filme deveria voltar a fazer faculdade de cinema ( aposto que não fez ) ainda tira a verba para quem prescisa
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