O grupo Kino-olho em parceria com a Cia. Quanta de teatro retomou os encontros semanais depois das férias. Ontem estava previsto discutirmos detalhes do novo projeto de documentários que deveria se iniciar após este encontro (onde seria definido quando, onde e quem entrevistaríamos).
Mas a passagem do artista Ilion Troya na cidade de Rio Claro nos fez mudar os planos. Troya, ator do respeitado Living Theatre, companhia de teatro fundada na década de cinqüenta, retornou para sua cidade natal (Rio Claro) para visitar amigos e parentes. Há vinte anos Troya mora em Nova Iorque.
Em conversa por telefone, convidamos para participar do projeto, mas estava de partida e preferiu adiar para dezembro. Como não quisemos deixar esta oportunidade para depois, e aproveitando o ensejo do projeto, insistimos para que ele concedesse esta entrevista ainda na quinta-feira, ele gentilmente aceitou.
Então nos encontramos no Centro Cultural Roberto Palmari, eu, o cineasta e diretor do kino-olho, João Paulo Miranda, o diretor da Cia. Quanta, Jefferson Primo, o jornalista Lourenço Favari e nosso ilustre convidado para uma coletiva. Troya conversou conosco por quase duas horas, contou um pouco de sua vida desde quando morava em Rio Claro, como conheceu o Living e como foi convidado pela Companhia.
A conversa foi ótima, ele falou muito sobre o Living, de sua formação inicial por Julian Beck e Judith Malina, da repercussão da Companhia na década de 60, período reprimido pela ditadura (no Brasil, mas também por uma geração mundial presa ao conservadorismo), das passagens conturbadas da Cia. que incluem episódios de prisão, proibição de algumas peças em determinados países e até a necessidade de exílio. Enfatizou o espírito e proposta do Living e o envolvimento da Cia. em questões políticas.
O Living Theatre possui um site http://www.livingtheatre.org/index.html. Vale a pena pesquisar mais sobre o Grupo, pois seu trabalho é engajado e acima de tudo, produzem uma arte consciente.
A entrevista será editada pelo cineasta J.P. Miranda e até a semana que vem estará disponível no youtube e no blog.
O projeto continua e quem estiver interessado em participar da produção de documentários é só comparecer no Centro Cultural Roberto Palamari toda quinta-feira às 19h.
Agradecemos ao Troya pela grande oportunidade!
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