Nos dias 17, 24 e
31 de outubro e 21 de novembro
foram realizados os encontros da Oficina
introdutória de Cinema, desta vez para os alunos do 8° ano 3, da E.E. Prof. Januário
Sylvio Pezzotti, localizada no bairro Jardim Panorama, Rio Claro – SP.
A oficina faz parte das atividades de difusão cinematográfica
do grupo Kino-Olho sob coordenação geral do cineasta João Paulo Miranda Maria.
Nos dias da oficina, o orientador Léo Bortolin (que já foi professor da
disciplina de Artes na escola, inclusive para esta turma) mapeou as etapas da
produção cinematográfica, discutindo a respeito de cada uma delas e as devidas
funções dos profissionais envolvidos. Diferente das outras oficinas, houve um
interesse pelos formatos de seriados da TV americana e o formato da telenovela
brasileira, especificamente da TV Globo.
A partir da discussão sobre as
características encontradas em cada formato, foi levantado questões sobre a
politica do audiovisual no Brasil, fatores econômicos e políticos os quais o
país passou desde a chegada do cinema até o momento atual, dando ênfase ao
período da ditadura militar e ao cinema de retomada (década de 90). Ficou
inevitável não fazer um parâmetro com as produções norte-americanas e europeias
dessas mesmas épocas, relacionando ainda o papel da TV Globo pelo seu não
compromisso com a população brasileira.
Fato curioso foi o interesse pelos
professores Tatiana Bortolotti e Welington G. De Aguiar em saber o porque do cinema
brasileiro não ser tão difundido e valorizado no seu próprio país, comentando
da recente visualização de obras brasileiras em canais de TV paga.
Para o tema do vídeo foi escolhido trabalhar assuntos que os
professores já vinham tratando com os alunos, sendo eles o preconceito e o
bullying (parte do assunto do dia da Consciência Negra). Assim, criaram-se
mini-episódios sobre situações baseadas no dia-a-dia de muitas pessoas, relatos
pessoais ou momentos presenciados. Alguns alunos se propuseram a interpretar
tais situações, fazendo com que os próprios professores entrassem no “elenco”.
Como de costume, a concepção da filmagem foi voltada para o
improviso e takes em ‘continuum’, como um teatro filmado sem a presença do
palco. O motivo dessa escolha foi pelo fato do próprio roteiro ter apenas
indicações de ações e temas para os diálogos, a partir disso abriu-se para a
criação coletiva e “do agora”.
As oficinas introdutórias de Cinema são oferecidas gratuitamente pelo Kino-Olho a partir do apoio da Prefeitura e da Secretaria da Cultura de Rio Claro SP. O link do vídeo realizado pode ser acessado aqui: https://vimeo.com/79939904. Abaixo fotos dos bastidores desta oficina.
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