Cinema Caipira de janeiro


A revista cinema caipira do mês de janeiro de 2010 já está disponível para encomenda. Os artigos são os seguintes:

“Primeiro Festival” de Fernanda Tosini e JP Miranda Maria
“Daisy Miller: a inocência condenada” de Linda Catarina Gualda
“O cinema brasileiro e marginal” de Rafael de Oliveira Rodrigues.
“Ator, diretor, jornalista e escritor. Ou apenas, Norman Mailer” de J. Costa Jr.
“CINEMA NOVO - movimento cinematográfico brasileiro: história e considerações” de Aurélio Hideki
“Pasolini e a transposição poética: da Literatura ao Cinema” de Fernanda Tosini
“A Balada de Narayama, de Shohei Imamura” de Vall Morari
“Pensamento das imagens” de JP Miranda Maria
“Fazer Cinema” de Fernanda Tosini
“Um cineasta do século XXI” de Adriano Corrêa Maia
“2009” de JP Miranda Maria

Segue abaixo o link da revista

http://www.4shared.com/file/183279706/4f5f345a/revista_kino_janeiro_2010.html

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Arrisquei alguns parágrafos e algumas definições...

Nunca foi tão difícil escrever sobre cinema. Começo este texto com a primeira frase que me vem latente enquanto procuro as palavras e enfrento a intricada tarefa de tramar frases em linhas. Procurar a palavra certa é como procurar a cena certa, cada qual com sua gramática. Escrever um texto, tarefa de poeta é formar imagens, tarefa de cineasta-poeta. Mas qualquer um pode escrever um texto e também... Qualquer um pode fazer cinema!
Agora o leitor deve ter estranhado esta afirmação, talvez voltado a ler a mesma frase e concluído finalmente que eu escrevi alguma asneira. Recapitulando, “Qualquer um pode fazer cinema!” Ora, hoje temos alta tecnologia e, o mais importante, os meios audiovisuais se democratizaram, por isso qualquer um pode ser dono de uma câmera e de um filme. Eis o problema, milhões de “cineastas” com suas “obras” postadas no Youtube. Aí surge qualquer espécie de filme que por respeito aos bons diretores de cinema não consideramos apenas apertar o play um ato profissional. Quem conhece os bastidores sabe que cinema é trabalhoso. Mas, trabalhoso como? Pois é, eu igualmente não sabia.
Apenas ouvimos falar dos números, várias casas que acrescem para formar o valor que financia os filmes. Bem, este dinheiro é utilizado para montar cenários, providenciar figurinos, contratar funcionários, etc. Várias áreas são necessárias: direção, fotografia, produção, som... Por isso consideramos Hollywood, por exemplo, uma grande empresa do cinema. Mas se eu afirmasse que só assim fosse possível produzir um filme, estaria contradizendo o que acabei de escrever no parágrafo anterior. Digamos que uma produção milionária seja apenas uma das formas de se fazer cinema. A outra, seria como o Grupo Kino-olho trabalha. A partir da experiência que tive participando do grupo em 2009, aprendi a olhar o cinema com outros olhos.
É difícil decifrar o que é o grupo kino-olho, mesmo convivendo entre oficinas, estudos e produções. Daí o meu enorme desafio de escrever este texto. É como Álvaro de Campos poetizando a Metafísica. Mas eu não sou Álvaro de Campos! Mas kino-olho é coisa que se vale, é arte. É tramar cenas, mas não entrepostas num ritmo frenético e indigesto: é contemplar. Inquietar espectador. É sonhar, mas realizar. É fazer cinema no interior: assumir identidade, cultura.
Fazer cinema com o que acontece no cotidiano num momento em que o cotidiano parece sem graça. De repente nos é revelado um outro olhar sobre a conversa de bar, sobre o feirante, o médico, o travesti, o sanfoneiro, a dona de casa, o estudante. Tantos personagens presentes na vida real, para que inventar super-heróis que voam? Nada de mocinhos e vilões, aliás, o maior personagem é o próprio homem. A vida já é o grande palco. É só olhar atento, kino-olhe!
Não é cinema de qualquer um. É cinema caipira.

Considerações sobre o 1º Festival Internacional de Cinema Independente (FIIK)

Aconteceu nos dias 26, 27, 28 e 29 de novembro o 1º Festival Internacional de Cinema Independente promovido pelo grupo Kino-olho. É a primeira vez que a cidade de Rio Claro é prestigiada com um evento que valoriza a produção cinematográfica de outros países. O propósito foi criar um intercâmbio entre as diferentes produções mundiais.
Durante o evento pudemos conferir diretores da Rússia, Estados Unidos, Inglaterra, Filipinas, Irlanda, etc. Cada qual com seu estilo, mas todos artistas independentes, assim como o grupo Kino-olho, no Brasil.
A programação foi dividida por temas, no dia 26 (O cinema e a vídeo arte), foram exibidos trabalhos de Jean P. Carpio. Destaco a performance “Clocks”, em que duas artistas trabalham os limites do corpo e da dança, Carpio apenas registra a performance. Tivemos também outros cineastas internacionais e o trabalho do grande artista Sechi (brasileiro), que tem experiência em vídeoarte há bastante tempo e cujos trabalhos sempre são interessantes, aliás para mim o destaque da noite foi ele. Também tivemos o trabalho do Lourenço, que fez uma homenagem ao cineasta rio-clarense J.P. Miranda.
O debate também foi ótimo, participaram da mesa J.P. Miranda e o artista Sechi, aproveitei este rico momento para perguntar a ambos qual é a visão deles sobre o que é arte (e o que não é) e o que define tal conceito e até que ponto o “eu - artista” é interessante na obra, questão acerca do egocentrismo do artista.
No segundo dia (O cinema de entretenimento e o educativo), contamos com o trabalho de Becca Schall e Anne Yao, representando as diretoras internacionais e os filmes de Letícia Tonon, Thiago dos Santos e do grupo Kino-olho, do Brasil. Mais uma vez ainda fico com os brasileiros, não desmerecendo os cineastas internacionais. O debate também foi bem interessante, principalmente pela polêmica que gerou o termo “entretenimento”. Inicialmente falou-se do cinema de entretenimento como algo de menor valor, ou seja, como se o termo referisse a um cinema menos engajado e mais massificado. Porém o Fábio, que participava da platéia, defendeu e valorizou o cinema deste gênero. Depois de seu admirável discurso, todos deixaram o preconceito de lado.
No terceiro dia (Um cinema caipira), pudemos ver todos os curtas do grupo kino-olho realizados em 2009. Se não estou enganada, somam 45 trabalhos. É muito material! Realmente este ano o grupo mostrou resultados e capacidade para manter uma produção de bom nível num ritmo acelerado. A sensação de ver os filmes numa tela maior foi realmente emocionante, pois estamos acostumados a ver no youtube, e a sala de cinema sempre oferece uma emoção a mais. Pudemos discutir em grupo (pois muitos integrantes estavam na platéia e puderam participar no momento do debate) o que é o “Cinema Caipira”, refletimos sobre nossas produções e estilo. Para mim foi a noite mais comovente, pois a Claudia, uma das integrantes, se emocionou ao falar demonstrando o quanto o grupo tem sido importante não só para o seu lado profissional, mas também em outros aspectos pessoais. Também fiquei emocionada porque fui convidada a participar da mesa, foi um convite inesperado e que me deixou muito feliz. Eu também falei um pouco da minha experiência com o grupo, quem sabe escrevo um outro artigo à parte falando sobre isso...
E no último dia (Propostas de cinema), assistimos aos curtas dos estrangeiros Donald Foreman, Pedro Rufino e Evgeny Morozov e dos brasileiros Lourenço Favari e grupo Kino-olho. Ressalto o diretor Donald Foreman que inclusive escolhi para falar durante a mesa. No debate, participou o diretor J.P. Miranda, Lourenço Favari e eu. J.P. Miranda falou do trabalho que desenvolve como coordenador do grupo Kino-olho esclarecendo o que é o estilo e movimento “Cinema Caipira”, além dos projetos para o ano que vem, também respondeu às questões acerca de sua visão em relação ao cinema e à própria obra. O debate foi muito interessante, pois o cineasta Lourenço tem uma visão diferente e indagou o cineasta J.P.Miranda sobre questões pertinentes, cada qual se colocou com sua postura particular (e em alguns momentos, contrárias), mas ambas importantes.
Eu apresentei melhor o trabalho do Foreman através do manifesto “The State of the art”, redigido por ele, e falei à respeito do conceito que está por trás de sua produção. Levantei alguns pontos em relação à cultura de massa, mídia, monopólio cinematográfico e sua influencia sobre cineastas experimentais. Também preparei uma surpresa para o público, produzi um curta-metragem, bem simples, e estreei como cineasta. Na verdade foi apenas uma brincadeira, pois meu interesse maior é na produção de roteiros e na revista. Mas a sensação foi ótima, é muito legal ter um filme numa tela grande e assistido por várias pessoas.
A experiência de ter um Festival em Rio Claro (cidade onde moro) é indescritível, espero que as pessoas se conscientizem e valorizem o que aconteceu nesses últimos dias e que o Festival vire tradição aqui. O intercâmbio cultural é raro, principalmente quando falamos em produções independentes, que não estão nos grandes meios.

Revista Cinema Caipira de Dezembro


Já está disponível para encomenda a revista cinema caipira do mês de dezembro. Abaixo estão os artigos pertencentes a esta edição;

“Filme Noir” de Camila Riani
“Interpretação subjetiva sobre o filme-ensaio Kino-Olho n.2” de Wall Morari
“Pensar o cinema brasileiro” de Claudia S. Canto
“Cinema Paradiso” de Alessandra Alves de Oliveira
“A LITERATURA E O CINEMA – Os Sertões” de Maria Dalva de Souza Dezan e Fadel David Antonio Filho
“Luísa e Juliana: O par mórbido de O primo Basílio” de Linda Catarina Gualda
“Um cinema novo: o Cinema Caipira” de Bruna Moreno
“Quantos sonhos você tem?” de Sandra R.S. Baldessin
“O grupo” de Letícia Tonon

Abaixo o link da revista

http://www.4shared.com/file/163370519/66a142f9/modelorevistakino_dezembro_.html

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Programação do Festival Internacional

Segue abaixo a programação do Festival dos dias 26 a 29 de novembro às 19 horas no Centro Cultural Roberto Palmari, ao final de cada apesentação haverá um debate sobre o tema da mostra do dia


26/11/2009
"O Cinema e a Video Arte" - Com os filmes de:
  • Jean Philipe Carpio
  • Sechi
  • Lourenço Favari
  • Chris Simon
  • Ilaria Pezone
Debate com: Sechi, Lourenço, e João Paulo.

Dia 27/11/09
"O cinema de entretenimento e o educativo" - Com os filmes de:
  •  Becca Schall
  •  Letícia Tonon
  •  Anne yao
  •  Thiago Santos
  •  Grupo Kino-Olho
 Debate com: João Paulo Miranda Maria, Letícia Tonon e Thiago Santos


Dia 28/11/09 
"Um cinema caipira" - Com os filmes do:
  • Grupo Kino-Olho
Debate com integrantes do Kino-Olho.

Dia 29/11/09  
" Propostas de Cinema" - Com os filmes de:
  • Donal Foreman
  • Pedro Rufino
  • Lourenço Favari
  • Evgeny Morozov
  • Grupo Kino-Olho
Debate com: Lourenço Favari, João Paulo Miranda Maria e Fernanda Tosini

Revista Cinema Caipira de Novembro


A revista Cinema Caipira de Novembro está disponível para encomenda e conta com os seguintes artigos:

“Ilha das Flores como referencial para as relações capitalistas e questões ambientais nos longa metragens de Jorge Furtado” de Massanori Takaki

“Literatura e Cinema: Por que e como comparar?” de Linda Catarina Gualda.

“Acesso à Cultura: Considerações sobre o cinema brasileiro.” de Gustavo da Silva Diniz.

“Conversando com Deus” de Wall Morari

“VENTO VERMELHO: o mito do bandeirante e monçoeiro” de Fernanda Tosini

“A trilha sonora no cinema” de Alessandra Alves de Oliveira

“O Grupo Kino-Olho e as produções dos filmes ensaios: a minha experiência” de Massanori Takaki

“Um breve panorama do Cinema Brasileiro” de Renato B. Lazzarini

Abaixo o link da revista:
http://www.4shared.com/file/149046116/f31df825/modelorevistakino_novembro_.html

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Homenagens

Houve um mal entendido, pois a Câmara me alertou que uma moção anterior já foi aprovada na câmara e devido os regimentos, uma segunda moção não seria permitida, portanto, a pedido da Câmara a homenagem será adiada, para que eles possam oganizar uma cerimônia específica a ser divulgada e registrada. Assim que tiver o retorno deles eu darei a notícia... A homenagem na sexta-feira às 19:30 no Centro Cultural está mantida e gostaria de contar com a presença de todos... Abraços

Ultimas novidades!

O grupo kino-olho gravou nesta quinta-feira mais um filme-ensaio a partir do roteiro do Adriano C. Maia. O filme ainda será editado e até a semana que vem estará disponível no youtube (www.youtube.com/jpmiranda82)
O curta conta a história de uma guarda que ao ver uma mulher entrando no banheiro resolve espiá-la, mas acaba sendo surpreendido...

O grupo tem sido reconhecido pela cidade e região por suas produções de qualidade e pela responsabilidade de formar novos profissionais da área cinematográfica. O diretor do grupo, o cineasta João Paulo Miranda tem recebido inúmeras homenagens pelo trabalho artístico que desenvolve e por ser o idealizador dessa “escola de cinema” que está se formando em Rio Claro.

Neste domingo, um grupo da PUC irá acompanhar a reunião de documentário que o grupo kino-olho realiza semanalmente. Eles querem conhecer nosso trabalho e registrar este momento. Para quem tiver interesse em participar deste evento ou de qualquer outra reunião, é só comparecer no Centro Cultural Roberto Palmari aos domingos às 14h30 (lembrando que em alguns domingos nos encontramos em outros locais, mas avisamos com antecedência pelo blog: www.kinoolho.blogspot.com)

Na próxima terça-feira (20/10) o cineasta João Paulo Miranda receberá da Câmara Municipal dos Vereadores uma menção honrosa em consideração a sua contribuição para a cultura da cidade. O evento acontecerá às 19h00, na Rua 03, Nº. 945 (Prefeitura). Todos estão convidados.

Na sexta-feira (23/10) a TV Cidade Livre também fará uma homenagem para o cineasta. A cerimônia será realizada às 19h30, no Centro Cultural Roberto Palmari.

É muito importante a presença da sociedade como forma de apoio à realização artística em Rio Claro.

O reconhecimento é um grande incentivo!

Impressões de uma espectadora

Muitos filmes épicos são lançados frequentemente no cinema, este gênero agrada boa parte do público pelas cenas emocionantes de batalha. Alguns destes filmes ilustram a história mundial, conflitos entre países, disputa pelo poder e posse de terras, guerras entre povos, etc. Mas dentre bons filmes épicos, existem aqueles que falham, ou na história, ou na direção, enfim, algo acaba comprometendo o sucesso do longa.
Qual é a receita para se fazer um bom filme épico? Será um orçamento milionário? Atores profissionais? Uma equipe gigantesca? Equipamentos de alta tecnologia? Quando assistimos um filme desse gênero, é esta a impressão que temos, e aquele orçamento abusivo passa a ter sentido. Vi nesta semana o clássico Lawrence da Arábia, uma super produção que deve ter custado... bem, não consigo nem imaginar! É claro que o cineasta David Lean tem seu talento inquestionável, mas a circunstância era, digamos, bem favorável.
Há alguns meses atrás o cineasta João Paulo Miranda havia me falado que tinha um projeto engavetado e que ele pensava em realizar ainda este ano. Tratava-se de um filme épico sobre os bandeirantes e monçoeiros do interior paulista. Era um roteiro de difícil realização, quero dizer, difícil, mas não impossível! Tinha todas as características de um épico: figurino de época, gladiadores, cenas na mata, no rio, espadas, armas, etc.
Aí vem a parte da história que eu vou contar e vocês não vão acreditar: Ele foi algumas vezes para Porto Feliz, se reuniu com um grupo de teatro local, conversou com a Prefeitura que disponibilizou os figurinos, chamou um amigo também diretor de cinema para fazer a fotografia, uma banda de música de Rio Claro para a trilha, gravou por quinze dias, e pronto! Fez o filme. Fácil assim? Não! Claro que não.
Imaginem vocês fazer um filme desse gênero, dessa grandiosidade, nessas condições! Isso significa trabalho redobrado, desgastante, esforço puro, amor pelo que faz e colaboração das (poucas) pessoas.
Vocês vão ficar ainda mais impressionados ao ver o filme. Nem adianta eu contar mais, vocês têm que ver!

Vento Vermelho

O cineasta João Paulo Miranda irá lançar seu mais recente longa-metragem "Vento Vermelho". A estréia está prevista para o dia 12/10 (segunda-feira) na cidade de Porto Feliz. Quem tiver interesse em assistir o lançamento, é só entrar em contato com ele pelo telefone (19)9684.3064 ou pelo e-mail jpmiranda82@yahoo.com para combinar detalhes da viajem.

O filme "Vento Vermelho" retrata a história dos bandeirantes no interior de São Paulo passando pela cidade de Porto Feliz, importante região incluída na rota da expedição.
Trata-se de um épico com cenas de batalha e que mostra a dificuldade dos bandeirantes na incessante busca pelo ouro.

Um artigo sobre o longa será publicado na revista “Cinema Caipira” no mês de novembro.

O teaser está disponível no link
http://www.youtube.com/watch?v=OPUquA9WKQM

Recado para os integrantes do grupo de Roteiro

Na próxima segunda-feira (12/10) não teremos nossa oficina de roteiro, pois o João Paulo irá para Porto Feliz para a estréia de seu filme "Vento Vermelho". Apesar de não haver a oficina, vamos organizar por e-mail os detalhes para gravarmos na quinta-feira (15/10). Já encaminhei um e-mail para o grupo com maiores informações.

Portanto, quinta-feira nos reuniremos no centro cultural às 19h, como de costume.

Apresentação no Sesc Piracicaba

O cineasta João Paulo Miranda, diretor do grupo kino-olho, foi convidado para palestrar ontem no Sesc Piracicaba. A apresentação fez parte do Evento "Identidade Caipira" em celebração às atividades artísticas que acontecem no interior paulista, como forma de incentivar iniciativas que visam preservar as raízes regionais.
O cineasta J.P. Miranda apesar de ter se formado na capital carioca optou por fazer cinema em Rio Claro, pequena cidade do Estado de São Paulo. Apesar de ter nascido em Porto Feliz, é rio-clarense por criação e faz questão de valorizar a identidade do meio em que vive.
Esta é uma forte característica do seu trabalho, o que contribui para a definição do seu estilo, já que ele defende um cinema de autor em que a linguagem cinematográfica é utilizada como forma de expressão universal (no sentido de que pode ser interpretada em diferentes leituras) e dialeticamente individual (pois se trata da visão do autor sobre determinado evento).
O grupo kino-olho também tem a preocupação coletiva de valorizar o cotidiano do interior em suas produções. Não só o diretor, como os outros integrantes buscam como fonte de inspiração elementos que estão próximos da realidade vivida por eles enquanto moradores de uma cidade paulista.
Buscamos aprimorar a essência do nosso trabalho a partir da observação das “pequenas coisas” que estão ao nosso lado, é como se ir ao supermercado, por exemplo, fosse como abrir um livro, temos que olhar com atenção, pois é também um momento de estudo, o estudo da vida, afinal não sabemos o que pode acontecer a qualquer momento e se não olharmos para as coisas, nunca saberemos.
Bom, acho que acabei me dispersando um pouco do assunto inicial... Enfim, agradecemos o Sesc pela oportunidade e principalmente, não apenas pelo fato de ter convidado o João Paulo para falar de sua obra e do grupo, mas porque se o convite foi feito, significa que nosso olhar está sendo acompanhado.

Saiu a versão em pdf da revista de outubro

para quem quiser baixar a revista clique neste link:
http://www.4shared.com/file/136846825/5e363a4e/modelorevistakino_outubro_.html
(caso não consiga copie e cole o endereço)
as instruções para a montagem da revista estão neste link:
http://kinoolho.blogspot.com/2009/10/montagem-da-revista.html
ou veja logo abaixo.

montagem da revista

  Se quiserem imprimir a revista basta seguirem as seguintes indicações de impressão; levar o arquivo em qualquer xerox e apenas pedir para imprimir a capa colorida em papel A4 180 e as outras páginas são em preto e branco em papel A4 normal. O que é importante lembrar é que deve avisar para imprimir desta forma: A segunda página é impressa atrás da primeira (capa), a quarta página nas costas da terceira e assim por diante. No final é só juntar, dobrar no meio e grampear duas vezes.

Aqueles que prefirirem encomendar, basta entrar em contato pelo e-mail: jpmiranda82@yahoo.com e depositar o valor de 5 reais por revista (valor do custo de impressão).

Recado para os integrantes do grupo de documentário

Atenção pessoal do grupo kino-olho - projeto de documentário: nossa próxima reunião será realizada no domingo (04/10), no Centro Cultural Roberto Palmari às 14h30. Não haverá gravações e os participantes apresentarão a atual situação de seus projetos, levem seus materiais de pesquisa.

Os encontros também são abertos àqueles que ainda não conhecem o trabalho desenvolvido pelo grupo, mas que têm interesse em participar. Basta comparecer em qualquer um de nossos encontros como este que acontecerá no próximo dia 04. Lembrando que nos reunimos com frequencia no Centro Cultural, e eventualmente em outras localidades para gravar ou para editar o material.

Recado aos integrantes do grupo de produção cinematográfica

Nesta quinta-feira (01/10) não nos reuniremos no Centro Cultural Roberto Palmari como de costume, pois para a realização do roteiro discutido na segunda será preciso gravarmos as cenas no centro da cidade.

Para isso, o grupo se reunirá na Avenida 3 com Rua 5, às 13h30, portanto a noite não haverá atividade. Mas esta excessão só ocorrerá nesta semana, visto que a partir da semana que vem as atividades voltarão a ser no Centro Cultural e às 19h.

As gravações são abertas também ao público que ainda não participa das oficinas, caso alguém tiver interesse em conhecer o trabalho desenvolvido pelo grupo kino-olho, poderá comparecer no nosso próximo encontro no centro ou na semana que vem. Estejam à vontade! Para nós é gratificante contar com a presença de novas pessoas que manifestem interesse pelo "cinema caipira".

Lançamento da revista no Sesc

A Revista "Cinema Caipira" (ISSN 1984-896X) do mês de outubro do grupo Kino-Olho terá lançamento no Sesc Piracicaba nesta quarta-feira dia 30 às 21 horas.
Haverá uma breve apresentação dos últimos trabalhos do grupo e discussão com o público. O evento será gratuíto.

Sesc Piracicaba: Rua Ipiranga, Nº 155 - Centro. Tel: 19-3437.9292

É importante a presença do público de Rio Claro e região como forma de demonstrar o apoio à cultura que se produz no interior paulista e incentivar a continuidade dessa e de outras iniciativas artísticas.

Quem quiser participar da revista nas próximas edições, basta enviarem seus artigos para o e-mail jpmiranda82@yahoo.com até o dia 25 de cada mês ( a seleção é por ordem de envio). Os não participantes do grupo Kino-Olho e não moradores de Rio Claro receberão uma cópia gratuita da revista em que participaram. As regras e indicações para os artigos podem ser encontradas nas postagens antigas deste blog.

Contamos com a colaboração de todos para a continuidade desta atividade.

Últimos videos produzidos pelo grupo kino-olho

Na última semana o grupo Kino-Olho realizou os seguintes videos:

Kino-Olho n. 46: Filme baseado no conto "Valdemar Lunes, o imortal", do escritor venezuelano Ednodio Quintero.
Sinopse: Valdemar Lunes, físico e historiador conseguiu dar forma ao seu sonho mais antigo: a construção de uma máquina do tempo.
Roteiro de Massanori, Direção de JP Miranda Maria, atuação de Claudio Lopes e Produção do grupo Kino-Olho (turma de roteiro) em parceria com a Cia. Quanta de Teatro.
http://www.youtube.com/watch?v=wTpiWtDOWN4

Kino-Olho n. 45: Documentário sobre o Seu Serafim, ex professor de música que conta um pouco da sua História e Memória.
Pesquisa de Renata Laili, direção JP Miranda Maria e Produção Grupo Kino-Olho (turma de documentário).
http://www.youtube.com/watch?v=Hrjuyc_jv9M

Kino-Olho n. 44: Filme inspirado no conto "O gato preto" e no poema "The Raven", ambos de Edgar Allan Poe.
Sinopse: Um homem inesperadamente recebe em sua porta um pintinho. Este acaba incomodando o homem, obrigando-o a tomar uma atitude.
Roteiro de Fernanda Tosini, Direção de JP Miranda Maria, Atuação de Aurélio Hideki, Produção do grupo Kino-Olho (turma de roteiro) em parceria com a Cia. Quanta de Teatro.
http://www.youtube.com/watch?v=ELa4yJSz6Eg


Making Of do Kino-Olho 45 realizado por Massanori.
http://www.youtube.com/watch?v=av057LI8Q0k

Making Of do documentário da praça realizado por Massanori.
http://www.youtube.com/watch?v=FbJ8g_jhy4E

NOTA GERAL: O grupo Kino-Olho é uma entidade sem fins lucrativos apenas sustentada por seus membros de forma voluntária. O grupo é dividido em três turmas/oficinas coordenadas po João Paulo: 1- A turma de roteiro (encontro de segunda-feira às 19 horas no Centro Cultural Roberto Palmari em Rio Claro - gratuito) 2- A turma de interpretação em parceria com a Cia. Quanta de Teatro (encontro de quinta-feira às 19 horas no Centro Cultural - gratuito) 3- A turma de documentário (encontro de domingo às 14:30 no Centro Cultural - gratuito).

Revista Cinema Caipira de Outubro


A revista do mês de outubro já está disponível para encomenda. Os artigos são os seguintes:

“ Macbeth: a peça maldita de Shakespeare” de Linda Catarina Gualda
“Johnny Vai à Guerra” de Alessandra Alves de Oliveira
“O cinema francês Du look e a década de 80” de Adriano C. Maia.
“O uso da luz e suas possibilidades” de Fernanda Tosini
“Uma breve analise sobre a espacialidade a partir da obra de Glauber Rocha” de Maria Dalva
“Proposta Cinematográfica” de JP Miranda Maria
“Videoarte” de Letícia Tonon
“O eu no cinema” de JP Miranda Maria
“O processo de Joana D’Arc” de Wall Morari

novidades do kino olho

veja as novidades do kino olho:
-A Câmara Municipal dos vereadores de Rio Claro aprovaram uma menção ao cineasta João Paulo Miranda Maria que será entregue na semana que vêm.

-A rede Record de televisão produziu uma série especial " Cuidado, você está sendo filmado" colocando em evidência o uso dos aparelhos de celular como câmeras. A exemplo disto eles realizaram uma materia especial em Rio Claro com o grupo Kino-Olho que será transmitida nacionalmente neste dia 16 de setembro às 20 horas no jornal da record.

-O cineasta João Paulo Miranda Maria apresentará a revista cinema caipira no Sesc Piracicaba no dia 30 de setembro às 21 horas e falará sobre o cinema independente que é produzido em Rio Claro.

parabéns ao joão paulo e a todos que participam do grupo.

Projeto Documentário Doc 01

Saiu o primeiro documentário do grupo kino olho que vocês poderão ver a partir de hoje no youtube
o documentário foi feito no domingo retrasado (apesar da chuva) e mostra pequenas histórias, reais ou não contadas por pessoas que passavam pela praça.


Projeto Documentário (convite)

Convidamos a todos que se interessarem a contar as suas histórias e seus sonhos (inventados ou não), para o nosso documentário compareçam no domingo dia 6 de setembro a partir das 8:00 (aproximadamente) próximo ao coreto na praça 15 de novembro as histórias deverão ter no máximo 5 minutos.
Cada pessoa receberá um real por sua história.
Compareçam!!

ps (04/09/2009): se caso domingo de manhã chover o documentário será transferido para a proxima semana ok?

Projeto Ficção

Saíram dois novos curtas do projeto de ficção do grupo Kino Olho, envolvendo o grupo de roteiros, este projeto tem por objetivo elaborar roteiros para serem filmados durante a semana. Os encontros ocorrem nas segundas às 19hs no centro cultural Roberto Palmari, quem quiser acompanhar as filmagens basta ir ao centro cultural nas quintas feiras, a partir das 19 horas.
O curta kino 40 fala de uma caneta que é desprezada, e o outro o kino 41 é a "composição de um quadro" ( primeiro roteiro elaborado pela turma de roteiro do kino-olho a partir da idéia de Adriano C Maia, membro do grupo)



Revista Cinema Caipira de Setembro


A Revista Cinema Caipira do mês de setembro já está disponível para encomenda e para download no seguinte endereço:
http://www.4shared.com/file/128148612/baa48c1c/modelorevistakino_SETEMBRO_.html

Neste mês a revista aumentou 8 páginas e os artigos são os seguintes:

“Cidade Baixa: o cinema erótico na retomada” de Carla Gulka
“O nascimento de uma nação; Cinema peruano e Claudia Llosa” de Natalia Barrenha
“Gênio e Louco, adorável Fassbinder” de J. Costa Jr.
“Alguns filmes de ficção científica” de Aurélio Hideki
“Os primórdios do cinema brasileiro” de Massanori Takaki
“Literatura e Cinema: Os pontos de contato entre The turn of the screw e Os outros” de Linda Catarina Gualda
“Adapte-se” de Anderson Costa Oliveira
“Pequeno ensaio sobre a Nouvelle Vague” de Fernanda Tosini
“Cinema como poema” de J.P. Miranda Maria

A influência da Nouvelle Vague no cinema do interior paulista


Após pesquisar sobre a Nouvelle Vague, percebo uma série de semelhanças (quer seja por coincidência ou influencia – aliás, aposto mais na segunda hipótese) entre esta onda que eclodiu na década de 60 e o movimento de estudo e prática cinematográfica Kino-olho. A Nouvelle Vague repercutiu mundialmente: no “cinema free” na Inglaterra, no cinema “Underground” em Nova York, o “Novo Cinema” alemão e, no Brasil, o “Cinema Novo” – acrescento ainda o recente “Cinema Caipira”, que, de certa forma também foi atingido pelo movimento de vanguarda (aponto adiante esses reflexos). Devemos considerar que o cinema contemporâneo não surgiu por si só, há por trás de sua formação toda uma história cinematográfica, a qual inclui (com considerável interferência) a Nouvelle Vague.
Assim como no movimento de vanguarda, o grupo kino-olho se reúne para discutir cinema e produzir com maior consciência a partir dessas discussões, além de se dedicar a observação e análise da história cinematográfica identificando os maiores fatos e cineastas que de certa forma, influenciaram o cinema e mudaram sua concepção. Além de nos dedicarmos ao estudo da trajetória do cinema, também existe a preocupação com o domínio da técnica a fim de colocá-la ao nosso benefício na produção cinematográfica desde os chamados filmes-ensaios.
A partir da Nouvelle Vague, os novos diretores inauguraram um cinema autoral, assim podemos observar a mesma ocorrência com o grupo kino-olho, que busca se firmar como uma vertente própria (Cinema Caipira), como um cinema único a partir da crítica do próprio trabalho para seu amadurecimento e da análise de outras importantes tendências do cinema mundial.
Além de a reflexão fazer parte do processo produtivo, temos também como semelhança a produção de uma revista de crítica cinematográfica. Na época da Nouvelle Vague, os cinéfilos expressavam sua opinião através da Cahiers Du Cinèma, onde foram publicados artigos de merecida importância por nomes como François Truffaut e Claude Chabrol. O grupo kino-olho também publica desde março de 2009 uma revista de artigos cinematográficos. A revista “Cinema Caipira”, como forma de democratizar o cinema, recebe artigos de pessoas interessadas em anunciar sua opinião, quer seja membro do grupo ou não, quer seja sobre o grupo ou não.
Temos ainda outra relação entre Nouvelle Vague e kino-olho, trata-se da produção de baixo custo, afinal, na mudança do cinema clássico para a nova onda, os novos cineastas não tinham reconhecimento profissional como os anteriores, portanto os produtores não confiavam a eles um investimento alto, assim eram obrigados a trabalhar com poucos recursos e a partir de cenários naturais exploravam as melhores possibilidades.
Também não dispomos de estúdios montados especificamente para as gravações, por isso o grupo têm que adaptar o espaço do centro cultural Roberto Palmari (onde ocorrem as reuniões) de acordo com a necessidade do trabalho a ser desenvolvido. O equipamento também é escasso, empenhamos os nossos esforços para adequá-lo às filmagens. Com poucos recursos financeiros é preciso ter criatividade para adequar o que temos disponível as necessidades de produção de um filme.
O grupo kino-olho se reúne semanalmente para a produção de curtas-metragens, como exercício prático e efetivação do estudo teórico. Nesses encontros o grupo conta com a colaboração de atores e pessoas interessadas em aprender métodos de gravação, essas mesmas pessoas acabam formando a equipe de produção. Embora não haja uma equipe grande, tentamos suprir com dedicação e interesse todas as funções necessárias para a produção dos filmes. O que também acaba ocorrendo com longas-metragens, em que geralmente há pouco (ou nenhum) incentivo financeiro, dependendo mais do desempenho dos colaboradores e muito do entusiasmo do próprio diretor João Paulo Miranda.
Embora haja várias afinidades entre Nouvelle Vague e kino-olho (na verdade a ideia de compará-los surgiu a partir de uma descoberta enquanto estudava a Nouvelle Vague, não sei até onde essas comparações são de fato reais, entretanto há sentido nessas relações - para mim ultrapassam a simples ideia de achar que não passa de um acaso), devemos reconhecer e talvez com maior crédito, as suas diferenças. Existe o respeito pela Nouvelle Vague, por tudo que ela representou na época e na história do cinema, e o quanto ela influencia as produções atuais e os diretores contemporâneos.
Mas é verdade que o cinema sofreu mudanças, assim como a passagem do clássico para a Nouvelle Vague, temos hoje em dia uma produção muito diferente do que ocorreu em 60. Existe o aperfeiçoamento adquirido através de uma maior conscientização e domínio da técnica, até a produção de uma arte mais conceitual. Sobre a abordagem do tema, enquanto a Nouvelle Vague ditava o cinema, as produções eram sempre voltadas a questionamentos sociais, colocava-se em cheque o comportamento da sociedade de uma forma radical, era preciso mostrar novas atitudes de jovens que enfrentavam hábitos tradicionais.
Hoje, é óbvio que todo o contexto social mudou, então não há mais a necessidade de radicalizar, também porque vivemos numa sociedade do livre-arbítrio em que tudo é permitido, portanto, mostrar atitudes radicais não provoca mais o espectador.
Ainda sobre o kino-olho, o grupo tem outras intenções próprias, como a valorização cultural, a democratização do cinema, a ambição de profissionalizar jovens, dentre outras aspirações que criam sua personalidade independente. Não que se negue a provar do que já existe, mas a questionar antes de aceitar. Após toda essa comparação, concluo que o importante mesmo é perceber as diferenças, o que particularmente se sobressai em cada movimento.

Uma síntese sobre a Nouvelle Vague


Há, na trajetória do cinema, momentos culminantes que marcaram sua história, entre esses períodos extraordinários destaco a manifestação da Nouvelle Vague na década de 60. Tamanha é a importância deste movimento, que podemos considerá-lo um marco no cinema, pontuando uma cinematografia antes e depois de seu sucesso.
A geração de autores pertencentes a onda Nouvelle Vague procedem de um ambiente de cinematecas e cineclubes, na destreza da crítica e na constante reflexão sobre a arte fílmica. Daí o meio propício para se construir uma nova forma de fazer cinema, com uma estética mais apurada precedente do estudo teórico posto em prática. Nesta fase o cinema passa a ser questionado e pensado, o que dá margem a novas criações muito mais elaboradas e particulares a partir de diretores, sobretudo cinéfilos.
Também é característica marcante deste fenômeno a busca por temas contemporâneos acondicionados a questões comportamentais, visto que a época de eclosão do movimento era favorável para a criação de um cinema de discussão dos costumes e caráter da sociedade burguesa.
Além da busca pela inovação do tema, esta geração procurava novos conceitos de produção, como o uso da câmera na mão, a iluminação natural em cenários e paisagens já existentes (estúdio em desuso), ou seja, acima de tudo a preferência por métodos mais livres (mas não menos complexos) que negavam o arcadismo do clássico. A Nouvelle Vague, por esse aspecto, pode ser definida como a estética de necessidade.
Os diretores da onda aspiravam por um cinema de autor, definido pelo crítico e cineasta Alexandre Astruc como a teoria da “caméra-stylo”, que vislumbrava um modo autoral de criação, como se a câmera fosse uma espécie de pincel. Logo, para ser um autor pertencente a Nouvelle Vague, era essencialmente necessário ter um espírito inovador consolidado na vontade de reformar o cinema tradicional, negando de certa forma, o padrão determinado pelo clássico.
Grande parte dos cineastas deste período expressava suas ideias através da revista Cahiers Du Cinema, destinada a novos pensadores e críticos. Foi através da Cahiers que François Truffaut publicou o artigo "Politique des auteurs", considerado o regulamento do manifesto Nouvelle Vague. Outros autores revelaram sua opinião na revista: Claude Chabrol, Jean-Luc Godard, François Truffaut, Eric Rohmer e Jacques Rivette, são alguns deles.
Já que a Nouvelle Vague foi instituída por novos diretores inicialmente sem reconhecimento profissional, conseqüentemente sem maiores possibilidades de produzir filmes com alto custo, os produtores preferiam não arriscar investindo em nomes desconhecidos e audaciosos.
Podemos supor que foi também por conta de todas essas dificuldades que os novos autores da sétima arte souberam de fato fazer cinema cujo conteúdo transcende apenas o bom gosto, explorando através do que era considerado inconcebível, a aparente simplicidade de produção que revela o complexo engenho de um filme autoral, crítico e inovador, como a época pedia.

Núcleos do Grupo Kino-Olho

Agora o grupo kino-Olho amplia suas atividades montando três diferente núcleos dentro do grupo. Agora há a turma de elaboração de roteiros de ficção, da qual o dia dos encontros é de segunda-feira às 19 horas no Centro Cultural Roberto Palmari. Há a turma de interpretação pra cinema, da qual o dia dos encontros é de quinta-feira às 19 horas no Centro Cultural. E há também a turma de documentário, da qual o dia dos encontros é de domingo às 14:30 no Centro Cultural Roberto Palmari. Todas as turmas são coordenadas pelo cineasta João Paulo Miranda Maria em parceria com a Cia. Quanta de Teatro. Os interessados deverão comparecer nos respectivos dias de seu interesse. Todas as atividades do grupo Kino-Olho são oferecidas gratuitamente.

Dois novos curtas do grupo

O Grupo Kino-Olho se reuniu na última quinta-feira, dia 6 para dar início aos novos projetos para o segundo semestre. Primeiro o grupo aproveitou a oportunidade da visita do ator rio-clarense Ilion Troya, membro do mundialmente famoso Living Theatre para dar início a prometida série de documentários. Este projeto que tem como título "retratos" tende a ilustrar as diferentes personalidades da cidade de Rio Claro, valorizando suas experiências pessoais e a História do município. O projeto de documentários exige a formação de um turma específica dentro do Kino-Olho. Esta turma que também é coordenado pelo cineasta João Paulo Miranda Maria tem como dia de encontro todos os domingos às 14:30 no Centro Cultural Roberto Palmari (o próximo será no dia 16). Os interessados apenas devem comparecer nesses dias e farão parte desta turma, pesquisando e produzindo a série. Além de iniciar este projeto o último encontro também serviu para a realização de mais um curta, mas este de ficção. O curta é uma adaptação do conto de Nelson Rodrigues e é interpretado pelos alunos do curso de teatro coordenado pela Cia. Quanta de Teatro, que também é parceira do Kino-Olho em ambos os projetos. O encontros de quinta às 19 horas serão focados nas produções de ficção. Há também o interesse de formar um outro grupo para a realização de roteiros para serem gravados nas quintas. Os interessados também devem se manifestar ou participarem do próximo encontro do grupo na quinta-feira às 19 horas também no Centro Cultural. Os dois curtas que foram realizados em apenas um dia, no horário do último encontro já estão disponíveis na internet e podem ser vistos pela página www.kinoolho.blogspot.com

Bem, além da produção de dois curtas no mesmo dia, o grupo também teve algumas notícias:
- O cineasta João Paulo Miranda Maria foi convidado especificamente a apresentar suas produções no Sesc Piracicaba no dia 29 de setembro para palestrar sobre a metodologia do "cinema caipira" e suas futuras pretensões.
- O grupo Kino-Olho realizará em breve uma Mostra Internacional de Cinema Independente em parceria com vários realizadores independentes internacionais, iniciando um projeto de intercambio de atividades cinematográficas em diferentes países. A previsão do evento é para o mês de novembro.
- A revista mensal de crítica e análise cinematográfica "Cinema Caipira" agora estará disponível gratuitamente para download nos seguintes endereços:


março

http://www.4shared.com/file/124139489/320cebb2/modelorevistakino-olhomaro.html

abril

http://www.4shared.com/file/124142817/684ddf89/modelorevistakino_abril_.html

maio

http://www.4shared.com/file/124139892/b5dffa1f/modelorevistakino_maio_.html

junho

http://www.4shared.com/file/124139865/ac237373/modelorevistakino_JUNHO_.html

julho

http://www.4shared.com/file/124139839/d8e2cb1d/modelorevistakino_julho_.html

agosto

http://www.4shared.com/file/124139797/cee949ad/modelorevistakino_agosto_.html

PS: Basta seguirem as seguintes indicações de impressão; levar o arquivo em qualquer xerox e apenas pedir para imprimir a capa colorida em papel A4 180 e as outras páginas são em preto e branco em papel A4 normal. O que é importante lembrar é que deve avisar para imprimir desta forma: A segunda página é impressa atrás da primeira (capa), a quarta página nas costas da terceira, a quinta nas costas da quarta e assim por diante. No final é só juntar, dobrar no meio e grampear duas vezes. Aqueles que prefirirem encomendar, basta entrar em conta por este e-mail e depositar o valor de 5 reais por revista (valor do custo de impressão).


João Paulo Miranda Maria
coordenador do grupo Kino-Olho
(19)96843064

Entrevista com Troya, ator do Living Theatre

O grupo Kino-olho em parceria com a Cia. Quanta de teatro retomou os encontros semanais depois das férias. Ontem estava previsto discutirmos detalhes do novo projeto de documentários que deveria se iniciar após este encontro (onde seria definido quando, onde e quem entrevistaríamos).
Mas a passagem do artista Ilion Troya na cidade de Rio Claro nos fez mudar os planos. Troya, ator do respeitado Living Theatre, companhia de teatro fundada na década de cinqüenta, retornou para sua cidade natal (Rio Claro) para visitar amigos e parentes. Há vinte anos Troya mora em Nova Iorque.
Em conversa por telefone, convidamos para participar do projeto, mas estava de partida e preferiu adiar para dezembro. Como não quisemos deixar esta oportunidade para depois, e aproveitando o ensejo do projeto, insistimos para que ele concedesse esta entrevista ainda na quinta-feira, ele gentilmente aceitou.
Então nos encontramos no Centro Cultural Roberto Palmari, eu, o cineasta e diretor do kino-olho, João Paulo Miranda, o diretor da Cia. Quanta, Jefferson Primo, o jornalista Lourenço Favari e nosso ilustre convidado para uma coletiva. Troya conversou conosco por quase duas horas, contou um pouco de sua vida desde quando morava em Rio Claro, como conheceu o Living e como foi convidado pela Companhia.
A conversa foi ótima, ele falou muito sobre o Living, de sua formação inicial por Julian Beck e Judith Malina, da repercussão da Companhia na década de 60, período reprimido pela ditadura (no Brasil, mas também por uma geração mundial presa ao conservadorismo), das passagens conturbadas da Cia. que incluem episódios de prisão, proibição de algumas peças em determinados países e até a necessidade de exílio. Enfatizou o espírito e proposta do Living e o envolvimento da Cia. em questões políticas.
O Living Theatre possui um site http://www.livingtheatre.org/index.html. Vale a pena pesquisar mais sobre o Grupo, pois seu trabalho é engajado e acima de tudo, produzem uma arte consciente.
A entrevista será editada pelo cineasta J.P. Miranda e até a semana que vem estará disponível no youtube e no blog.
O projeto continua e quem estiver interessado em participar da produção de documentários é só comparecer no Centro Cultural Roberto Palamari toda quinta-feira às 19h.
Agradecemos ao Troya pela grande oportunidade!

Nota da CNN

Thanks to the steady march of technology it's now easier than ever to make a film. To test this theory out The Screening Room issued a challenge earlier this year. We asked any potential moviemakers to showcase their talents by making a short film on a mobile phone.

The only criteria was to ensure it ran under five minutes in length. Beyond that we wanted you to allow your imaginations and handhelds to run free.

The response was some truly creative and Video visually impressive results », including a moody noir featuring a girl and gun, as well as a slice of cinema verité featuring a mother giving birth.

In the end the judges picked three very different movies for the top three places. In second and third spots respectively were a short dealing with irritating children and a lament on lost childhood.

In the end it was the noir that won the day. It was the French film director Jean-Luc Godard who famously quipped that all you need to make a film is a girl and a gun.

Brazilian director João Paulo Miranda Maria took this idea and added one last element: a mobile phone, of course. The result was an atmospheric black and white short chronicling a woman with a definite axe to grind.

The Screening Room production team judged the entries, which proved that you really don't need a big budget and an army of crew to make a beautiful movie.

To all the budding directors who took part in the competition a big thank you and good luck with your moviemaking careers.

Link para os filmes vencedores:
http://edition.cnn.com/2009/SHOWBIZ/08/06/mobile.phone/index.html?iref=24hours#

Retorno das atividades do Grupo Kino-olho

Na próxima quinta-feira (dia 6 de agosto) às 19 horas, na sala de cinema do Centro Cultural Roberto Palmari em Rio Claro, as atividades do grupo Kino-Olho de pesquisa e prática cinematográfica retornarão das férias.
Nesta quinta-feira também será formado um segundo grupo que terá um dia independente para encontros e desenvolver uma série de documentários mensais (a decisão do horário, dia e local será feita nesta quinta-feira).
Uma terceira turma também será formada para se responsabilizar pelo desenvovimento de roteiros de ficção a serem colocados em prática nos encontros de quinta-feira. Os interessados em participar de qualquer um dos três grupos deverão comparecer no próximo encontro desta quinta-feira ou manifestar seu interesse por e-mail.
Essas atividades são gratuitas e realizadas em parceria com a Cia. Quanta de Teatro e a Secretaria da Cultura de Rio Claro.

Outras informações sobre nossas atividades e filmes são encontrados nas páginas abaixo:

www.kinoolho.blogspot.com
www.youtube.com/jpmiranda82

Odes de Reis, novo filme do cineasta J.P. Miranda


Estréia prevista para Agosto, novo filme do cineasta João Paulo Miranda relê Ricardo Reis e transcreve em imagens suas características resguardando a construção estilística particular do poeta. O longa faz parte do projeto do diretor, que pretende até o fim do ano finalizar a trilogia Fernando Pessoa, tendo já lançado o "o Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro.
Na Literatura, encontramos na obra de Ricardo Reis a influência do classicismo erudito que se reflete numa linguagem clara, sintética, gramaticalmente correta e nobre e a estrutura de ode que relembra sua origem na composição poética da Grécia Antiga, em estrofes semelhantes entre si e geralmente de quatro versos e a forma complexa e variável do poema lírico, marcado pelo tom elevado e sublime com que trata determinado assunto.
Se deixa influenciar pelo Horacianismo (termo que se refere ao poeta e pensador latino Horácio) exaltando a expressão carpe diem (colha o dia ou aproveite o momento) e aurea mediocritas que expressa a ideia de que só é feliz e vive tranquilamente quem se contenta com pouco ou com aquilo que tem sem aspirar a mais, daí uma das marcas da proximidade com Alberto Caeiro (outro heterônimo de Fernando Pessoa) e um dos motivos de ser considerado seu discípulo.
Mas diferente de Caeiro, Ricardo Reis não é poeta exclusivamente do campo, sua formação intelectualizada justifica a sua escrita ilustre organizada em estrofes regulares e uso predominante de versos decassílabos e brancos e figuras de linguagem (principalmente metáforas, eufemismos e construção sonora através do emprego da assonância e aliteração), portanto seu estilo torna-se denso e construído com muito rigor.
Outra influência presente na escrita de Ricardo Reis é o filósofo Epicuro de Samos, dentre os traços reconhecidos dessa influência, verificamos a força de uma vida de contínuo prazer como caminho para a felicidade, a presença do prazer vista como sinônimo de ausência de dor, o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estão definitivamente eliminados.
Sobre o filme, identificamos a partir do trailler (que pode ser visto neste blog ou no site www.youtube.com/jpmiranda82) o classicismo erudito mostrado através de imagens que recorrem à exposição mitológica (crença e culto aos deuses e na presença divina, influencia Greco-latina), a visão intelectiva sobre a realidade no saber contemplar, a interferência da angústia e tristeza e o excesso de passividade.
Mas parece que a característica evidentemente exposta no filme revela o contraste entre erudito e moderno composto nas imagens, que não serve apenas para interpretar Ricardo Reis sob uma perspectiva contemporânea, mais que isso, é uma visão privada do cineasta, que com razão, associa o poeta monárquico à filosofia e intelectualidade. Não há outro meio de inserir Ricardo Reis se não ora na cidade, ora no campo, pois sua formação permite essa flexibilidade. Do mais, o que podemos esperar do filme é a poesia das imagens assim como fez Ricardo Reis a poesia da escrita.
Recursos técnicos, influencias metodológicas e traço estilístico não arrisco comentar, melhor ver o filme primeiro.

Fernanda Tosini
(02/08/2009)

Revista Cinema Caipira do mês de agosto


A revista Cinema Caipira, editada pelo grupo Kino-Olho, já está disponível para encomenda e conta com os seguintes artigos:

“INTUITUS – O processo criativo” de Mário Augusto Pereira
“Relembrando Rouch” de André Bonotto
“A film is a Girl and a Gun” de J.P. Miranda Maria
“Cineastas lançam projeto de entrevistas” de Fernanda Tosini
“Literatura e Cinema: As relações entre Dom Casmurro de Dom” de Linda Catarina Gualda

Curta-metragem do cineasta J.P. Miranda ganha prêmio internacional

A CNN acaba de informar que o filme "Kino-Olho n.21 ou A GIRL AND A GUN" ganhou o primeiro lugar no Screening Room's Mobile Phone Movie Competition, competição internacional promovida pela CNN.

O curta será exibido nas seguintes datas:

Quinta-feira (06/08): 06h45, 13h15
Sábado (08/08): 06h45, 15h15, 08h45
Domingo (09/08): 12h45
Segunda-feira (10/08): 00h45

O curta-metragem foi gravado com apenas uma câmera de celular sem recursos adicionais de iluminação ou qualquer outra ferramenta cinematográfica. O concurso ao qual participou é destinado a trabalhos essencialmente feitos com este dispositivo. Além do desafio de criar boas imagens superando esta limitação, a ideia do filme também surgiu a partir de outro desafio sugerido pelo cineasta J. P. Miranda aos participantes do grupo Kino-Olho: “criar um filme com apenas uma garota e uma arma”.
O Grupo Kino-olho foi fundado pelo cineasta e se reúne semanalmente (toda quinta-feira às 19h no Centro Cultural Roberto Palmari) para discutir cinema e produzir “filmes-ensaios” a partir dessas discussões. Para participar do grupo é só comparecer no local, data e horário previsto, não precisa ter formação na área, basta se interessar pelo assunto.
Todos os trabalhos do cineasta estão disponíveis no site do youtube www.youtube.com/jpmiranda82 inclusive o curta-metragem “A Girl and a Gun”, que também pode ser visto neste blog.

Admiradores da arte cinematográfica sentem-se orgulhosos pela conquista do diretor João Paulo Miranda, que representa a luta pela divulgação do cinema brasileiro e artístico.

ODES DE REIS

O cineasta João Paulo Miranda Maria está finalizando seu novo trabalho produzido em parceria com a Cia. Quanta de Teatro, o filme ODES DE REIS. O seu lançamento está previsto para o mês de agosto. Abaixo o trailer do filme...

Devaneios (Bressonianos e Pessoanos)



Hoje li um poema de Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa) que me remeteu a uma associação bastante lúcida (não porque eu a fiz, ou poderia ter sido também), pelo fato de parecer conversar (o poema, que vocês lerão adiante) claramente com os preceitos de Robert Bresson.
A princípio sei que esta associação parece não ter fundamento, mas num segundo momento (sem preconceitos contra os devaneios alheios) vemos que Álvaro de Campos é o heterônimo cultuador da liberdade, daquela que faz com que o indivíduo (ou eu - lírico) sinta-se livre (e tenha uma consciência para alimentar essa liberdade) para observar os mínimos detalhes da vida, o menor deles (por se tratar de ser quase imperceptível para a própria raça humana), o homem.
Agora leitor, conhecedor de Bresson, ou ainda não conhecedor (basta ler outros artigos sobre o cineasta neste mesmo blog, ou beber de outras fontes), veja se Robert Bresson e Fernando Pessoa não estão falando a mesma língua?
Inúmeras justificativas poderia decorrer para persuadir o leitor (pois inúmeras relações de semelhança existem entre os dois), mas para o momento, basta dizer que o homem é o centro de tudo (disse alguma verdade muito universal?).
Quem já “sacou” o que o cineasta espera de um ator (a não representação da realidade, a consciência dos movimentos, estranhamento aos gestos, percepção das formas, essa coisa toda...) verá no poema de Álvaro de Campos, o entendimento completo do que é para Bresson o ator modelo.
Enfim, segue o poema:

Toda a gente é interessante se a gente souber ver toda a
[gente.
Que obra prima virtual cada cara que existe!
Que expressões em todas, em tudo!
Que extraordinário perfil qualquer perfil!
Vista de frente, que cara qualquer cara!
Os gestos humanos de cada qual, que humanos os gestos!

(Álvaro de Campos)

Ah toda vez que o leio tenho mais convicção de que Bresson criou seu conceito iluminado por estes versos...

(Fernanda Tosini)

Bresson - Notas sobre o cinematógrafo


A forma mais comum de se ler um livro é do inicio mas não é o caso desse livro que, para quem não conhece o cineasta, é recomendável lê-lo pelo posfácio.

Pelo menos te dará uma idéia de como ler o livro, já que o livro é todo de aforismos(conjunto de frases curtas que representam idéias diversas).

Claro que eu não pretendo ensinar como se deve ler um livro mas nesse caso é uma prática interessante já que no posfácio existe um pequeno resumo sobre as idéias de Bresson este posfácio, escrito por Evaldo Mocarzel, é dividido por temas e tenta relacionar (tenta, pois, na minha opinião, as idéias nunca são uma ciência exata) Bresson com suas inspirações, como a pintura, possibilidades, como a música ou o som em seus filmes, e atuação como os seus modelos e a epifania. A partir disso fica mais interessante ler o livro pois o leitor terá uma melhor idéia sobre Bresson e as frases farão um pouco mais de sentido.

O livro é dividido em duas partes; dos anos de 1950 – 1958 e 1960 – 1974 na primeira parte estão dividido por temas, logo de início temos algo parecido como “mandamentos”(foi o que deduzi já que não há nenhum tipo de tema referente a essas frases) ou coisas que ele segue ou deseja. Logo após entra os modelos, que seria um tipo de ator diferente do ator de teatro (não vou me aprofundar nisso pois, o conceito de modelo para mim ainda é muito complicado) entre outros temas.

Na segunda parte as frases são um pouco mais “livres” não tendo um tema específico, e apesar do tempo ser maior, a segunda parte é mais curta.

Espero que gostem do livro.


Até.


Revista Cinema Caipira do mês de julho


“Sergio Leone, um artesão da vida atrás das câmeras” de J. Costa Jr.

Sobre um grande diretor: Rogério Sganzerla” de Renata Laili Pinhão

“Análise do filme Tudo sobre minha mãe de Pedro Almdòvar” de Alyne Arins

“Cinema ou Moda” de J P Miranda Maria

“Falando Comigo mesma” de Val Morari

“Uma adaptação de Robert Bresson ao Cinema Caipira” de Fernanda Tosini

“A forma do filme – Sergei Eisenstein” de Luana Menezes